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Uma Proposta Indecente

Xavier Knight sabe que duas coisas garantem o interesse de uma garota: carros rápidos e dinheiro. Ele tem as duas coisas. Quando um escândalo o obriga a um casamento arranjado com Angela Carson, uma zé-ninguém sem um tostão, ele presume que ela seja uma interesseira – e promete fazer de sua vida um inferno. Mas as aparências enganam, e às vezes os opostos não são tão diferentes quanto parecem…

Classificação etária: 18+

Autor original: S. S. Sahoo

 

Uma Proposta Indecente por S. S. Sahoo está agora disponível para leitura no aplicativo Galatea! Leia os dois primeiros capítulos abaixo, ou faça o download do Galatea para obter a experiência completa.

 


 

O aplicativo recebeu reconhecimento da BBC, Forbes e The Guardian por ser o aplicativo mais quente para novos romances explosivos.

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1

SINOPSE

Xavier Knight sabe qual é a melhor fórmula para atrair uma mulher: carrões e muita grana. E ele tem tudo isso. Quando um escândalo o obriga a fazer parte de um casamento arranjado com Angela Carson, uma zé-ninguém sem dinheiro, ele desconfia que ela seja interesseira – e jura que vai fazer de sua vida um inferno. Mas as aparências enganam e, às vezes, os opostos não são tão diferentes quanto parecem…

Classificação etária: 18+

Autor: S. S. Sahoo

ANGELA

Todo mundo se vê como herói.

Nós fantasiamos sobre momentos de glória – aqueles que vemos em livros e filmes.

Correr para dentro de um edifício em chamas e salvar um cachorro? Claro. Doar um rim para um amigo? Sem problemas. Impedir um assalto à mão armada? Fácil.

Mas a terrível verdade é que você não sabe como vai reagir em momentos como esses. Você só descobre o que vai fazer quando a arma está apontada para a sua cara e você consegue até sentir o cheiro metálico do cano.

Você será forte o bastante? Para olhar para a arma e dizer: “Me escolha. Atire em mim. Me mate”.

Quando a hora chegar, o que você vai escolher?

Sua vida ou a de outra pessoa?

***

Eu apertei a mão do meu pai, com o coração na boca. Doía muito vê-lo assim. Inconsciente numa cama de hospital, cheio de fios presos em seu peito e em seus braços. Máquinas que apitavam ao seu redor e uma máscara de oxigênio que cobria seu rosto.

Lágrimas escorreram pelas minhas bochechas e eu as enxuguei pelo que parecia a milésima vez. Ele era uma constante em minha vida. A âncora que mantinha a família unida. Um pilar de força e saúde.

Lucas, meu irmão mais velho, apareceu na porta. Eu me aproximei dele e o abracei. “O que o médico disse?”, eu perguntei.

Lucas olhou para o papai por cima dos meus ombros. “Vamos conversar no corredor.”

Concordando, beijei a testa de papai antes de acompanhar Lucas para fora do quarto.

Sob a luz fluorescente do corredor do hospital, deixei meu olhar percorrer a imagem de meu irmão. Vendo o cabelo bagunçado, a barba por fazer e as olheiras profundas e arroxeadas, dava para perceber que ele teve um dia difícil.

“Olha, Angie…”, Lucas começou. Ele pegou minha mão como fazia quando eu era criança e tinha medo do escuro. “Eu preciso que você permaneça calma, está bem? Seja forte. As notícias… não são boas.”

Eu balancei a cabeça e inspirei profundamente para me preparar.

“O papai…”, Lucas começou, mas parou, e seu olhar foi se perdendo até o teto. Ele pigarreou: “O papai teve um derrame.”

Meus olhos se encheram de lágrimas novamente.

“Ainda não sabemos a intensidade das sequelas, mas os médicos acham que a esclerose pode ter sido a causa,” ele continuou.

“O que a gente pode fazer?”, eu perguntei, com o pânico nítido em minha voz.

“Descansar,” disse Danny, meu outro irmão, cuja voz surgiu por trás de mim. Ele chegou mais perto e me abraçou. “Os médicos ainda estão fazendo alguns exames.”

Meus irmãos se entreolharam e eu soube que havia algo que eles estavam escondendo de mim.

“O que foi?”, eu exigi uma resposta. “O quê?”

Lucas sacudiu a cabeça.

“Você tem uma entrevista em breve, né?”, ele perguntou. “Vai pra casa e dorme um pouco. A gente liga pra você quando tiver mais informações.”

Eu suspirei. Não queria ir embora, mas sabia que meus irmãos estavam certos. Era importante que eu conseguisse aquele emprego.

Nos despedimos e eu saí, atravessando a gelada brisa noturna. Contemplei as luzes de Nova York à distância, com o estômago revirado pelo medo.

Me senti impotente.

Não haveria nada que eu pudesse fazer?

XAVIER

A garota sentada ao meu lado gemeu quando girei o volante, fazendo com que o carro virasse a esquina em uma curva fechada e perigosa. Ela riu, extasiada pela velocidade e pelas incontáveis garrafas de champanhe.

“Xavier!” Ela mordeu os lábios enquanto acariciava minha coxa. Há duas coisas que, com certeza, sempre excitam uma mulher.

O ronco de um carro veloz e uma caralhada de dinheiro.

Acelerei e conduzi minha Lamborghini velozmente pelas ruas pitorescas de Mônaco.

A loira fatal se contorceu de prazer, passando a mão no volume em minhas calças.

Ela era modelo, estava em Mônaco para um desfile.

A gente já tinha transado algumas vezes.

Eu nem sabia o nome dela.

Eu dei um sorriso enquanto ela abria o meu zíper, suspirando de prazer à medida que ela me levava à sua boca.

Isso é que é vida.

Acelerar pelas belas ruas de Mônaco atrás do volante de uma Lamborghini e com meu pau na boca de uma supermodelo.

Sem responsabilidades por uma empresa multibilionária.

Sem meu pai enchendo o meu saco.

Sem vadias infiéis que agem pelas minhas costas e–

Eu ultrapassei um sinal vermelho e ouvi a sirene da polícia ecoar pela noite. Eu encostei, observando as luzes piscando no reflexo do retrovisor.

“Que porra,” eu resmunguei.

A loira tentou olhar para cima, mas eu a empurrei de volta para o meu pau.

“Eu disse que era pra parar?”

A modelo continuou com afinco, querendo me agradar.

O policial saiu da viatura e começou a andar em direção à minha porta.

Bom, eu pensei, enquanto olhava para a cabeça balançando no meu colo. Isso vai dar uma puta história.

BRAD

Chamei meu assistente ao meu escritório, resmungando de frustração. Era a terceira vez em menos de um mês que Xavier saía nas manchetes dos jornais, e não era porque estava beijando a testa de bebês ou se voluntariando em hospitais.

Não.

Ele foi preso em Mônaco por direção perigosa e ato obsceno.

Eu pressionei a ponte do meu nariz.

Alguém bateu na porta.

“Pode entrar”, eu disse sem olhar. Ron, meu assistente de 26 anos, entrou. “Você viu as notícias?”

Ron balbuciou. Ele não precisava dizer nada. Qualquer pessoa que morasse em Nova York já teria visto. As manchetes estavam em todo lugar.

“Liga pros advogados e chama a Frankie das Relações Públicas. Por favor.”

Ron assentiu com a cabeça e saiu apressadamente.

Eu atravessei a sala até a janela de vidro que ocupava toda a parede norte do meu escritório, fitando as ruas da cidade lá embaixo.

Eu teria que me esforçar muito para garantir que as ações do meu filho não tivessem repercussões negativas para a companhia ou para ele. Eu gosto de dizer que tenho dois filhos: Xavier e o Grupo Empresarial Knight.

Desprendendo-me dos investimentos petrolíferos dos meus pais, fundei o principal conglomerado de hotelaria e hospitalidade do mundo. As maiores alegrias da minha vida eram meu filho e meu negócio.

E agora os dois estavam em perigo.

De novo.

Suspirei, pensando no rosto de minha bela esposa.

Ah, Amelia. Queria que estivesse aqui. Você saberia ajudar o Xavier.

Meu olhar foi desviando até o Central Park. Minha amada e eu costumávamos passear por ele, fazendo piqueniques num banquinho perto das árvores.

“Ron!”, eu gritei. Ouvi a porta do meu escritório deslizando. “Cancele as minhas reuniões. Vou dar uma andada.”

ANGELA

Percorri os caminhos coloridos do Central Park, tentando clarear a mente. Eu estava voltando da floricultura da Em depois de encerrar o expediente.

Os ramos compridos dos salgueiros curvavam-se com a brisa fresca do final do verão. Cisnes boiavam pela superfície cristalina da lagoa. Vozes de crianças brincando pairavam pelo ar enquanto amantes se abraçavam na grama.

Eu carregava um buquê de lírios em meus braços, tentando encontrar conforto em seu odor suave. Meu coração ainda doía ao pensar no meu pai hospitalizado, mas eu precisava continuar firme.

Reparei em um homem mais velho que estava sozinho, sentado em um banco e rezando de olhos cerrados. Não sei dizer exatamente o que me chamou atenção nele, mas, quando percebi, já estava em pé ao seu lado. Ele parecia tão triste.

De coração partido.

“Com licença,” eu disse.

Ele abriu os olhos, pestanejando de surpresa enquanto me encarava.

“Sim?”, ele respondeu.

“Só queria saber se você está bem”, eu disse. “Você parece meio… abatido.”

Ele se inclinou e apontou para uma placa com uma gravação. “Só estou me lembrando de alguém que foi muito importante para mim,” ele disse, com a voz embargando.

Eu li a gravação.

Para Amelia. Amada esposa e mãe carinhosa. 16/10/1962 – 04/04/2011

Meu coração se despedaçou.

Eu lhe entreguei o buquê de lírios e sorri.

“Para Amelia,” eu ofereci.

“Obrigado.” Ele levantou os braços para pegar o buquê, as mãos estavam tremendo. “Posso perguntar seu nome?”

“Angela Carson,” eu respondi.

BRAD

Olhei para Angela enquanto ela ia embora, com uma sensação de paz que afugentava a preocupação de meu coração. Passei a mão no banco e sorri para o céu.

Obrigado, meu amor. Você me mostrou a resposta.

Enfiei a mão no bolso da jaqueta, pegando meu celular.

“Ron, consiga o máximo de informações possível sobre Angela Carson.” Esmiucei o buquê que ela havia me dado, me atentando para o nome da floricultura impresso na embalagem.

FLORES DA EM

Sorri para mim mesmo, com o plano já se formando em minha mente.

“E faça com que o meu filho volte para Nova York.”

Danny
Angie. Vem pra cá.
Danny
É o papai.
Angela
O que aconteceu?
Danny
Ele enfartou.

“Nós conseguimos reanimar o pai de vocês,” o médico disse seriamente. “Pacientes que tiveram derrame são mais suscetíveis à ataques cardíacos nas primeiras vinte e quatro horas após o derrame. Estamos monitorando as condições dele e vamos continuar fazendo exames para ver o que pode ser feito.” Pelo tom dele, não parecia ser muita coisa.

“Obrigado, doutor,” Lucas disse.

O médico acenou com a cabeça e nos deixou sozinhos.

“Quanto tempo o papai vai ter que ficar aqui?” Perguntei baixinho. “Ele não parece bem o bastante pra voltar pra casa.”

“Talvez a gente não tenha escolha”, Danny disse.

“O que isso quer dizer?” Eu perguntei.

Meus irmãos se olharam. Meu coração retumbava em meu peito. Eu sentia que eles dariam más notícias.

“A gente não consegue manter o papai aqui, Angie.”

Eu pestanejei. “O quê?”

Danny passou as mãos nos cabelos, ele estava pálido. “Não temos dinheiro.”

“Como assim? E o restaurante?” O restaurante que era a vida do papai durante a nossa infância. A mamãe também trabalhou lá, até adoecer. Meus irmãos assumiram o negócio assim que terminaram a faculdade.

“Faz uns anos que que ele não está muito bem. A recessão nos pegou de jeito. O pai fez uma segunda hipoteca da casa pra tentar ajudar.” Lucas suspirou. Ele parecia derrotado.

“Por que não me contaram?” Eu perguntei. “Eu tenho a entrevista, talvez…”

Mas Danny balançava a cabeça.

“As contas do hospital vão chegar logo…”

Eu não conseguia mais ficar ali – no corredor, no hospital. Era claustrofóbico. Eu me afastei de meus irmãos. Minhas pernas bambas me carregaram pelos corredores e escadas até que eu percebi que estava do lado de fora, na frente do hospital.

Já era tarde da noite, então ninguém me veria despencar de joelhos no meio da calçada. Ou pelo menos, foi isso que pensei…

“Com licença,” uma voz grave surgiu atrás de mim.

Fungando, olhei para o homem que se aproximava. “Sim, posso ajudar?” murmurei, enquanto enxugava os olhos.

O homem se ajoelhou diante de mim e eu arquejei quando o reconheci.

Era o homem que eu conheci mais cedo no Central Park. Aquele para o qual havia dado meu buquê de lírios.

“Me desculpe pela intromissão. Meu nome é Brad Knight.”

Fiquei sem ar. Brad Knight?

OBrad Knight?

O bilionário por trás do Grupo Empresarial Knight?

“É…”, eu gaguejei.

“Eu sei da sua situação, Angela, e eu posso ajudar. Posso ajudar com as contas do hospital.”

Minha cabeça girou. Eu ouvi sinos tocarem.

Como ele sabe tudo isso? O que ele quer de mim?

“Eu vou pagar tudo. Vou garantir que seu pai seja muito bem cuidado. Você só precisa fazer uma coisa por mim”. Ele parecia muito sincero, mas percebi um leve desespero em sua voz. Ele se recompôs, olhando no fundo dos meus olhos.

“Eu quero que você case com o meu filho.”

 

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2

ANGELA

Emily franziu as sobrancelhas ao me ver de pijama cavoucando um pote de sorvete, meu cabelo preso num coque bagunçado.

“Você está bem?” Ela perguntou.

“Ótima,” eu disse com a boca cheia de sorvete de chocolate.

Ela suspirou, pegando seu próprio pote no congelador. Sentou-se ao meu lado e enfiou uma colherada do sorvete de baunilha na boca.

“Fala logo,” ela ordenou.

“É estresse,” admiti. “Por causa do meu pai internado e da dificuldade em pagar as contas. Eu fui na entrevista da Curixon, mas acho que estraguei tudo e…”, minha voz enfraqueceu.

E um certo bilionário me fez uma proposta absurda há alguns dias

Mas eu não queria falar disso para a Emily.

Como eu poderia?

“Você não estragou nada,” Em garantiu. “Você arrasou, né? Você mesma tinha dito.”

“Eu acheique arrasei,” eu disse. “Agora não sei mais.”

Era verdade, eu tinha me dado bem com o entrevistador. A Curixon era uma empresa ótima e eu estava torcendo para finalmente poder usar meu diploma de engenharia de Harvard. Eu passei os últimos meses trabalhando meio período na floricultura da Em.

Ela até me deixou morar no apartamento dela.

Eu estaria ferrada se não fosse por isso.

“Você me salvou, Em,” eu comecei. “Se você não tivesse me deixado ficar aqui–”

“Para com esse drama,” ela disse antes que eu pudesse agradecê-la novamente. “Você sabe que pode ficar o quanto quiser. Eu não quero que você perca tempo varrendo o chão da minha floricultura enquanto poderia estar trabalhando numa empresa como a Curixon. Mesmo que você atraia fãs para a loja. Você é inteligente demais pra isso, Angie.”

Meu coração errou as batidas.

Então a Em não reconheceu o Brad. Ainda bem.

“Bom, eu vou indo.” Em se levantou, jogou a colher suja na pia e o pote vazio no lixo. “Fica bem.” Ela colocou os sapatos e, antes que eu me desse conta, já tinha ido embora.

Eu fiquei sozinha.

Minha mente vagou até aquela noite. Sinceramente, eu achei que tinha sido um sonho. Mas quando percorri os contatos do meu celular, o nome dele ainda estava lá.

Brad Knight.

Eu me esgueirei da sala até a minha cama e me encolhi em posição fetal. Fechei os olhos e deixei meus pensamentos voltarem àquela noite…

***

“O quê?” Eu me afastei de Brad e coloquei um espaço entre nós. “Você tá me zoando?”

Ele me observou e balançou a cabeça.

“Perdão,” ele disse. “Eu me precipitei. Por favor, deixa eu me explicar.”

Olhei para trás. As portas do hospital não estavam tão longe. Eu poderia correr até lá se precisasse.

Mas havia algo nele que me fazia querer confiar nele. Ele parecia muito honesto e gentil. Talvez fosse por causa da idade.

Eu assenti com cautela, gesticulando para que ele continuasse.

“Depois que você foi tão atenciosa comigo esta tarde, eu sabia que precisava retribuir sua bondade. Fui à Flores da Em. O buquê que você me deu era de lá.”

“Tudo bem, mas…”

“Eu vi na embalagem. E conversei com a Em, uma moça adorável. E perguntei por você, senhorita Angela Carson. Ela disse que a conhecia bem. Que você estava em um pequeno hospital de Nova Jersey, porque seu pai estava doente.”

Eu balancei a cabeça, ainda desacreditada da conversa inteira.

“E por favor, desculpe a pergunta, mas sua família não tem os recursos necessários para pagar pelos cuidados… pelo tratamento, pela estadia no hospital, de maneira confortável, não é?”

Eu assenti.

“É com isso que posso ajudar, Angela. Nós podemos nos ajudar.” Ele sorriu e seus olhos desapareceram entre as rugas.

“Então você quer que eu me case com seu filho,” eu repeti as palavras que ele havia dito antes. Pareciam bizarras saindo de minha boca.

Brad confirmou com a cabeça.

Pensei no que conhecia sobre o filho dele.

Xavier Knight.

Eu sabia quem ele era, claro. Como não saberia? Ele era uma celebridade. Podre de rico e deslumbrante.

Qualquer mulher se atiraria em seus braços se tivesse a chance.

Mas ele parecia estar em uma fase rebelde. Eu tinha visto manchetes e matérias sobre ele algumas vezes nos últimos meses.

Sexo.

Drogas.

Rachas.

Ele era selvagem.

Perigoso.

Um calafrio percorreu minha espinha, mas eu não sabia se era de medo ou entusiasmo.

“Mas por que eu?”, perguntei. “Tenho certeza de que é possível achar um milhão de garotas mais atraentes e bem-sucedidas que eu. Uma combinação melhor para ele.”

“Você tem a alma pura, querida. Você pode não saber, mas é especial. Eu quero o melhor para o meu filho, como qualquer pai. Eu acho que você pode ajudá-lo. Eu confio no meu instinto e meu instinto diz que isso vai dar certo.”

Eu pisquei.

Alma pura? O que isso significa?

“Mas um casamento não é só um pedaço de papel”, argumentei. “Não dá pra simplesmente assinar um contrato e se apaixonar.”

“Isso pode ser verdade, mas o amor é paciente.”

“Como você sabe que eu não vou me casar com o seu filho e pedir o divórcio no dia seguinte?” Eu estava me fazendo de advogada do diabo, mas eu precisava entender melhor essa ideia absurda.

Em vez de se afastar, ele se aproximou de mim e pegou minha mão. Seu toque era caloroso e estranhamente reconfortante. “Eu não acho que você faria isso, Angela. Como eu disse, sua alma é pura. Mas se precisar se sentir mais segura, olhe para trás.”

Eu olhei e vi o hospital, iluminado pelos postes da rua. “Contas hospitalares não são brincadeira. Tratamento, reabilitação, cuidado ininterrupto. Tudo isso é caro, querida. Se você cumprir sua parte do acordo, eu prometo pela minha vida que cumpro a minha parte também.”

Minha cabeça estava a milhão. Tinha que haver outro jeito.

“Eu tenho uma segunda entrevista de trabalho amanhã. Talvez eu consiga–”

“Angela”, ele disse, me interrompendo. “Você sabe quanto custa a estadia num hospital desses? Setecentos dólares por noite. Um exame de sangue de rotina custa duzentos e cinquenta. Se precisarem usar o desfibrilador – que Deus não permita! – são mais mil e quinhentos dólares.”

Eu fechei os olhos.

“Por favor. Por favor, para. Me dá um minuto pra pensar.” Eu tentei organizar meus pensamentos embaralhados.

Meu pai.

O restaurante.

Meus irmãos.

Dívidas sem fim.

Um emprego novo.

A Curixon pagava bem. Se eu conseguisse a vaga, poderia pagar tudo aos poucos.

A Emily me deixaria ficar com ela por mais tempo se isso significasse que eu conseguiria salvar meu pai.

Como eu poderia me casar com um homem que não amava, nem conhecia?

“Por que quer tanto me ajudar?” Eu perguntei.

“Quando você veio até mim esta tarde,” ele começou, “você respondeu uma oração que eu havia feito. Você me deu força quando eu mais precisei. Então eu quero fazer o mesmo por você. Quero lhe dar força e é assim que posso fazer isso.”

Eu refleti por um momento, com a respiração ofegante.

Eu estava mesmo considerando aceitar?

“Angela?” Brad chamou suavemente.

“Você me dá um tempo pra pensar?” Eu perguntei. “Tem muita coisa em jogo.”

“É claro”, ele disse.

Brad me entregou um cartãozinho, feito de um metal fino e leve.

Acho que até papel é medíocre demais para um bilionário,delirei um pouco.

“Liga pra mim quando decidir.” Ele sorriu antes de se virar. “Eu realmente acho que isso daria certo, Angela. Acho mesmo.”

***

Meu telefone tocou e me tirou do estado de devaneio. Rolei pela cama, para ver quem estava ligando.

CURIXON LTDA.

Eu levantei num pulo, meu coração começou a palpitar.

Caramba. Caramba, caramba, caramba.

Respirei fundo.

“Alô?” Atendi, tentando fazer a voz não tremer.

“Oi, é a Angela Carson?”, disse uma voz feminina do outro lado da linha.

“Isso.”

“Oi, Angela. Estou ligando para informar que, infelizmente, você não foi selecionada para a próxima etapa do processo seletivo.”

“Ah”. Meu coração afundou no peito.

“Nós vamos guardar seu currículo, se surgir outra vaga, eu aviso.”

“Ah, tudo bem. Obrigada.”

O que mais eu poderia dizer?

Depois de um breve e doloroso bate-papo, eu enfiei a cara no travesseiro.

Isso que é um arraso de entrevista,

Senti as lágrimas de frustração brotando em meus olhos, e as deixei encharcarem o travesseiro. Havia muito mais em jogo do que simplesmente pagar as contas e ter algum dinheirinho para gastar.

A vida do meu pai estava em risco.

Eu peguei o celular e fui rolando a barra de contatos.

Encarei o número de Brad Knight, com o dedo pairando sobre o botão de ligar.

Não é como se eu tivesse outra saída.

Efetuei a chamada, selando meu destino.

“Alô?”, Brad atendeu.

“Oi, senhor Knight. É a Angela.”

“Angela!”, ele me saudou fervorosamente. “Fico feliz que tenha ligado. Devo entender que…?” Ele deixou a pergunta no ar.

Respirei fundo. Parecia que eu seria esmagada pelo peso das palavras que estavam prestes a sair de minha boca.

“Sim,” eu disse. “Eu aceito.”

Parecia que algo dentro de mim havia morrido.

“Vou me casar com o seu filho.”

 

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~ Foi assim que o mundo acabou. ~

~ O rei dos lobos, o monstro mítico, o homem majestoso que eu aprendi a amar e desejar com todas as minhas forças estava lá.. sangrando ao lado de seu trono. Morrendo. ~

~ Ao lado dele estava um demônio sorridente… o Lorde Demônio. Ele apontou para mim com um dedo longo, preto e fino. ~

~ “Você é minha agora”,

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Classificação etária: 18 +

Disclaimer: observe que esta história não está diretamente conectada a O Roubo do Alfa, que é uma adaptação imersiva e reinventada de Alfa Kaden. Esta história faz parte da versão original do autor da série Alfa e você pode apreciá-la como uma história independente!

Nota: Esta história é a versão original do autor e não tem som.

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