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A Rainha Guerreira

Ariel é uma lobisomem de vinte anos que sonha em se tornar uma guerreira da Matilha. Pelo menos este era o plano antes de ser raptada por caçadores há dois anos para ser cobaia de terríveis experimentos. Com a ajuda da Deusa da Lua, Ariel finalmente consegue sua liberdade. Mas encontrar um companheiro e voltar à vida normal vai ser muito mais difícil do que ela imaginava.

Classificação etária: 18+

Autor original: Danni D

 

A Rainha Guerreira por Danni D está agora disponível para leitura no aplicativo Galatea! Leia os dois primeiros capítulos abaixo, ou faça o download do Galatea para obter a experiência completa.

 


 

O aplicativo recebeu reconhecimento da BBC, Forbes e The Guardian por ser o aplicativo mais quente para novos romances explosivos.

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1

Sumário

Ariel é uma lobisomem de vinte anos que sonha em se tornar uma guerreira da Matilha. Pelo menos este era o plano antes de ser raptada por caçadores há dois anos para ser cobaia de terríveis experimentos. Com a ajuda da Deusa da Lua, Ariel finalmente consegue sua liberdade. Mas encontrar um companheiro e voltar à vida normal vai ser muito mais difícil do que ela imaginava.

Classificação etária: 18+

Autor original: Danni D

ARIEL

“Vamos Ariel, mostre-me o que você consegue fazer.”

Os braços musculosos de Xavier me envolvem, e ele empurra minhas costas contra a parede.

Seu cheiro terroso faz com que eu me sinta atordoada, e é difícil respirar quando seu grande tórax é pressionado contra o meu.

Estou perdendo o foco, mas não posso deixar que isso aconteça.

Não posso me entregar.

Eu tenho que provar do que sou capaz.

Rapidamente, pego Xavier pelo pulso, o puxo por cima de meu ombro e torço o corpo—virando o cara de costas.

Eu sorrio. “Era isso o que você queria?”

O público vai à loucura—sim, o público. Porque estou no meio do teste mais difícil da minha vida, e todos estão na expectativa de saber se estou à altura da situação, ou se vou quebrar a cara.

Ao olhar para os lados, observo todos os meus colegas torcendo por mim, esperando que eu passe no teste final para me tornar uma guerreira completa para a matilha.

De repente, sinto minhas pernas saírem do chão, e caio de costas no chão, com força.

Dentro de segundos, Xavier está em cima de mim—tipo bem em cima de mim.

Estou usando apenas um top, e nossos corpos suados ficam grudados enquanto ele me prende.

Ele se inclina e sussurra no meu ouvido. “Entregue-se, Ariel. Não lute contra isso.”

Meu coração está latejando, ameaçando explodir do meu peito.

O hálito de Xavier aquece meu pescoço. “Talvez mais tarde possamos fazer isto sem roupa.”

Sua mão desliza pelo meu estômago até minha coxa, agarrando-a com força, com vontade.

Meu corpo se contorce sob ele, desejando seu toque, rendendo-se ao calor.

Ceder é uma proposta tentadora, especialmente considerando o quão sexy Xavier é, mas neste momento tenho coisas mais importantes em minha mente…

Aprecio a surpresa no rosto de Xavier enquanto giro minhas pernas para cima e as envolvo em torno de seu pescoço, colocando-o em um estrangulamento triângulo.

Coisas mais importantes—como acabar com ele.

“Parece que sou eu quem está por cima agora,” sussurro.

Pressiono minhas coxas o máximo que posso, garantindo que Xavier não consiga se libertar.

Momentos depois, Xavier bate no chão, sinalizando sua rendição.

O público irrompe em aplausos, e meus colegas de equipe se aglomeram na arena, pulando, gritando, jogando bebidas esportivas para todos os lados.

Eu caio de novo no chão, atordoada. Eu realmente acabei de derrotar Xavier? Será que eu realmente venci?

Xavier se levanta antes de mim e estende sua mão. Eu aceito e ele me puxa para cima, diretamente para seu tórax.

“Muito bem, Ariel. Hoje, você provou ser uma verdadeira guerreira.”

Ele se inclina, e por um momento penso que vai me beijar, mas—

Xavier rosna suavemente no meu ouvido. “E esta noite, você se provará digna de um alfa de outras maneiras.”

Meu coração salta na garganta e fico totalmente sem palavras.

Ah, minha Deusa—Xavier ME quer?

***

Sento-me ao lado do lago sereno, sombreado pela copa das árvores acima de mim, e tiro minhas botas, atirando-as para o lado.

Mergulho meus pés na água e suspiro de alívio.

Meus pés estão me matando. O treinamento é sempre torturante, mas definitivamente me fortaleceu, e hoje, tudo isso finalmente valeu a pena.

Não sou mais apenas uma aprendiz…

Hoje, sou oficialmente um membro dos guerreiros da matilha.

Observo com orgulho a tatuagem da lua crescente no interior do meu braço—a marca de um guerreiro.

Minha matilha, a Matilha da Lua Crescente, tem um dos melhores programas de treinamento de guerreiros da região e meu esquadrão se tornou minha segunda família.

Nós nos intitulamos o “Esquadrão X” em homenagem ao nosso destemido líder de equipe, Xavier.

Bem, na verdade, ele inventou o nome, mas realmente acho bastante cativante.

O som de grunhidos e rosnados guturais chama minha atenção de repente para as docas.

Falando no diabo…

Xavier está lutando com nosso colega de esquadrão, James.

Ele lança socos rápidos na direção de James, mantendo-o desequilibrado, depois salta no ar e dá uma voadora direto em seu estômago, derrubando-o.

Xavier tira sua camisa lentamente, revelando seu torso tonificado e seus músculos definidos enquanto limpa o suor de seu corpo reluzente.

Deusa, ele está em ótima forma…

Convencido, Xavier sorri para James. “Você pode ter conseguido sua marca da lua, mas ainda não está à minha altura, garoto.”

Xavier começa a fazer flexões, e enquanto me inclino para frente para ver melhor, quase caio de cara no lago.

Consegui me equilibrar a tempo, encontrando-me em meu reflexo na água.

Meu cabelo castanho está completamente bagunçado, mas meus olhos amarelos escuros se destacam da sujeira em todo o meu rosto.

Quando eu era jovem, meu pai sempre dizia que meus olhos pareciam girassóis, então ele começou a me chamar de seu pequeno girassol até que eu protestei contra esse apelido de menina.

Não sou uma flor, sou uma guerreira! Eu gritava, indignada.

Depois disso, ele começou a me chamar de sua pequena guerreira, e esse ficou.

De todos, mal posso esperar para contar a ele primeiro as novidades sobre minha aceitação no programa de guerreiros.

Eu sei que ele ficará muito orgulhoso de mim.

Minha mãe, por outro lado…

Ela acha inapropriado as meninas serem guerreiras. Ela sempre diz que eu deveria ser mais como minha irmã, Natalia.

Natalia jamais seria vista com os cabelos emaranhados e a cara suja—sempre tão bonita e certinha.

Quando olho para cima, noto que Xavier está me encarando das docas. Imediatamente tento me arrumar, suavizando os nós do meu cabelo.

A proposta de Xavier ainda está fresca em minha mente, mas não sei o que fazer.

Ainda não está confirmado se somos pares e parte de mim quer esperar…

Mas Deusa, ele é muito sexy. Ele me dá um sorriso, e eu me viro rapidamente, envergonhada.

Ugh, por que estou tão desajeitada logo agora?

Eu sempre achei que Xavier gostasse de garotas puritanas, como minha irmã. Eu nunca teria pensado que eu fosse o tipo dele.

Estou realmente arrependida de não ter tomado uma ducha depois da minha sessão de treinamento, mas estava tão animada em receber a marca dos guerreiros.

“Mas que diabos você está fazendo,” disse uma voz arrogante, mas reconfortante, que vinha de trás de mim.

“Você sempre parece que acabou de lutar contra uma matilha de lobos—pentear o cabelo com os dedos não vai mudar isso.”

Ah, Amy, nunca muda

Minha melhor amiga, Amy, senta-se ao meu lado e me acotovela no ombro.

Me surpreende que sejamos tão amigas, considerando que ela combina mais com a personalidade da Natalia do que com a minha, mas somos inseparáveis desde a infância.

“Fiquei sabendo da novidade! Precisamos sair e comemorar!”, diz ela, balançando seus pés na água, ao lado dos meus.

“Sinceramente, estou exausta,” digo. “Talvez tenhamos que deixar a comemoração para outra noite.”

E, talvez eu tenha planos com Xavier esta noite…

“Você de fato está mais vermelha do que uma lua de sangue,” diz ela quando percebe Xavier desfilando ao redor da doca, sem camisa. “É por causa do treinamento ou por causa dele.”

“Não sei do que você está falando,” digo, meu rosto está ficando quente.

Por favooor, diz que você não está a fim desse idiota musculoso,” diz Amy, negando com a cabeça. “Você sabe que ele só é líder da equipe porque ele é o próximo na fila para ser o Alfa.”

“Ele também é um lutador muito bom,” respondo, na defensiva.

“Ah, minha Deusa, você quer que ele seja seu par!” Amy diz, provocando. “Você quer ter filhotinhos com ele, não quer?”

“Claro que não!” Exclamo, jogando água nela. “Não penso nele assim de maneira alguma! O único tipo de “par” que somos é o parceiro de esquadrão.”

Claro, continue dizendo isso a si mesma.

“Acho que você terá certeza quando fizer 18 anos daqui poucos meses,” responde ela, levantando as sobrancelhas.

Os lobisomens só podem reconhecer seus pares quando ambos fazem 18 anos, então, provavelmente, ela tem razão; meu par poderia ter estado bem debaixo do meu nariz durante todo esse tempo.

Mas alguns lobos nunca encontram seus pares destinados… e acabam ficando com outros lobos na mesma situação.

Fico triste ao pensar em não esperar por seu verdadeiro par.

“Olha só—o seu par destinado poderia ser qualquer um desta matilha,” diz Amy, suspirando.

“Ou outra matilha,” respondo, corrigindo-a. “Nossos pares destinados nem sempre estão tão perto de casa.” Embora a Deusa queira, não teremos que procurar muito longe.”

“Se meu par está em alguma matilha remota, do outro lado do mundo, acho que posso me converter a uma nova religião,” diz Amy com um sorriso.

Caímos na gargalhada e deitamos de costas na grama. Conforme o céu escurece, a lua crescente torna-se cada vez mais brilhante.

“Acho que vou ter que esperar e ver o que o destino tem reservado para mim,” digo, sorrindo.

DOIS ANOS DEPOIS

Sinto as correntes mais apertadas, e luto contra a vontade de gritar de dor. Os grilhões de prata roem meus pulsos.

Eu deveria estar acostumada à dor depois de dois anos sendo tratada como um animal sem valor, como uma experiência científica, mas às vezes ela se torna insuportável.

O primeiro ano foi o pior…

Os experimentos—injetando microdoses de acônito líquido em minhas veias e analisando os efeitos no meu corpo. E na minha loba.

Aprendi no início que a sensação de ardor que corria pelas minhas veias era o acônito, pois enfraquecia e cortava minha conexão com minha loba.

Fiquei um ano inteiro sem minha loba. Sentindo-a apenas nos cantos mais distantes de minha mente, chorando de dor e tristeza.

Nunca na minha vida eu me senti tão esmagadoramente só.

Eles levaram minha família…

Meus amigos…

E minha loba.

Meus olhos começam a se fechar à medida que a dor se torna insuportável.

Sinto uma ponta afiada contra meu rosto já machucado.

“Não desmaie ainda, vadia.” Acabamos de começar hoje.” Curt, o líder dos caçadores, crava suas unhas sujas no meu ombro.

“Vá para o inferno,” respondo, com a pequena força que me resta.

Os olhos frios e cinzentos de Curt—por mais estranho que pareça—são a única coisa que tem me mantido viva. A ideia de arrancá-los de sua cabeça…

Penso bastante na primeira vez que vi esses olhos—na mesma noite em que passei no treinamento de guerreiros.

Eu tinha adormecido perto do lago, e quando acordei, aqueles olhos pairavam sobre mim, me encarando com absoluta maldade.

Nossa matilha nunca havia feito nada de violento à humanidade, mas isso não importava para os caçadores.

Tudo o que eles querem é erradicar completamente os lobisomens.

Mas o que eles querem de mim—por que me mantiveram viva para fazer experimentos em mim por dois anos—não tenho ideia.

“Acho que você precisa ser lembrada de seu lugar, vira-lata,” diz Curt enquanto pega uma seringa cheia de prata líquida.

“Não… NÃO!” Grito enquanto ele perfura minha pele.

Minha coluna começa a esticar e, um horrível barulho de rachadura ecoa por toda a sala enquanto meus ossos quebram.

Ele está forçando minha loba a sair de alguma forma, mas a prata está impedindo que meu corpo se cure durante a transformação.

A dor é surreal.

Sinto minhas costelas perfurarem meus pulmões e o sangue escorrer da minha boca.

Na verdade, está escorrendo de vários lugares do meu corpo enquanto meus ossos penetram na minha pele.

“Merda, merda, merda!” Curt grita. “Acho que lhe dei demais! Médico! Vem cá, porra!”

Eu quero tanto uivar de dor, mas tudo o que eu consigo expressar é um patético sibilo frenético.

A sala começa a ficar embaçada e a se fechar ao meu redor.

“Faça ela ficar estável!” Curt grita. “Não podemos perder nossa melhor amostra de teste.” Ela está quase aperfeiçoada!”

Enquanto a escuridão se instala, ouço uma voz suave e etérea.

“Não desista, minha filha.”

***

Estou sentada na beira do lago novamente, como há dois anos, mas desta vez não é Amy sentada ao meu lado, mas uma mulher que eu nunca vi antes.

Ela é linda em todos os sentidos—olhos azuis pálidos, longos cabelos prateados descendo pelas costas e pele lisa e sedosa que quase parece brilhar.

Quem é esta mulher cativante?

“Olá, Ariel. Gostaria que nos encontrássemos em melhores circunstâncias,” diz a mulher calorosamente.

“Quem…quem é você? E como você me conhece?” Pergunto, confusa.

Meu nome é Selene, embora alguns me chamem de Deusa da Lua,” ela responde com uma risada suave.

Ah, minha Deusa, A Deusa da Lua. Sagrada…

“Não fique nervosa, minha filha. Devo pedir desculpas a você.”

A Deusa da Lua me pedir desculpas? Acho que não sinto exatamente a presença dela há bastante tempo.

“Você nunca deveria ter sido levada pelos caçadores,” diz ela calmamente, seu sorriso quente sempre presente em seu rosto.

“Mas minha irmã, Fate, pode ser bastante vingativa e ela tinha outro plano em mente. Não costumamos estar de acordo.”

“Sei como é,” digo eu, pensando em minha própria irmã.

“Para corrigir esses erros, estou lhe dando um dom—o dom da cura.”

Selene se inclina para frente e me beija na testa. “Que você possa curar tanto sua própria dor… como a dor dos outros.” Seja uma luz para aqueles que mais precisam dela.”

Selene recua, coloca a palma da mão contra minha bochecha e seus olhos brilham.

“Mais uma coisa, Ariel. Esta não é a vida que eu planejei para você. Você deve fugir deste lugar—e encontrar seu par.”

“Meu par? Espere, quem é meu par?”

Sinto um calor percorrer meu corpo enquanto a Deusa começa a desaparecer.

“Encontre-o, Ariel. Só você pode curá-lo.”

***

Eu me levanto, ainda acorrentada à mesa de operação, embora a sala esteja vazia.

Será que isso foi um sonho esquisito por conta da febre?

Quando a confusão do sonho começa a passar, uma coisa se torna clara.

Eu deveria estar morta.

Antes de desmaiar, meu corpo inteiro estava quebrado, meus ossos saltavam para fora do meu corpo, eu estava perdendo tanto sangue…

Então imagine minha surpresa quando estiquei meu pescoço para olhar para meu corpo espancado e descobri que…

Todas as minhas feridas foram curadas.

 

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2

ARIEL

Sinto uma força dentro de mim que não sinto há muito, muito tempo. É isso que ela quis dizer com o dom de curar?

Obrigada, Selene. Mas não foi só isso que ela disse…

Ela disse que eu tinha que fugir…

E encontrar meu par.

Meu par?

Eu não saberia nem por onde começar a procurar, mas com certeza ele não está aqui.

Eu luto com minhas correntes, mas mesmo que a prata não esteja irritando minha pele como antes, ela ainda dói.

Ouço uma porta abrir no topo da escada e passos irregulares quando alguém tropeça nela.

Provavelmente será Curt, bêbado novamente. Ele adora me atormentar quando está bêbado.

Mas ele não sabe que eu recuperei minhas forças. Eu posso usar isso a meu favor.

“Você finalmente acordou, vira-lata. Ótimo. Vamos jogar um joguinho,” diz ele, balbuciando.

Curt pega uma coleira de prata e a prende ao redor do meu pescoço, desfazendo as correntes ao redor dos meus braços.

Ele puxa a corrente presa ao colarinho do meu pescoço, me forçando a ficar de joelhos.

“Temos alguns convidados lá em cima, e você vai entretê-los,” diz ele com um sorriso inquietante.

Convidados? Há mais caçadores lá em cima então. Preciso ter cuidado. Posso estar com minhas forças de volta, mas ainda estou em desvantagem.

Curt tropeça quando começa a subir as escadas, puxando-me atrás dele.

Se eles estiverem tão bêbados quanto o Curt, então talvez eu realmente tenha uma chance…

“Anda logo, vadia! Quero mostrar a milha melhor espécime. Você é a prova de que realmente é possível ensinar novos truques a um vira-lata imundo,” diz ele, apertando firme a corrente.

Bom. Segure firme, seu cretino de merda.

Rosnando, minha loba aparece, e eu arranco a corrente com toda a minha força.

Curt se desequilibra e cai para trás, rolando a escada como um boneco de pano.

Ouço um crack alto quando as costas dele se arrebentam com o impacto no chão.

Caminho calmamente até o fim da escada e fico de pé sobre seu corpo, enquanto ele olha para mim, implorando por misericórdia.

“Por favor…”

Coloco minhas mãos em seu bolso e encontro a chave da coleira. Consigo abri-la, deixando-a cair no chão.

Encaro seus olhos frios e cinzentos. Os olhos que vejo todos os dias nos últimos dois anos enquanto ele fazia testes em mim.

Enquanto me torturava.

Os olhos que me mantiveram viva. Ah, se um dia eu os arrancasse da cabeça dele.

Minhas garras se alongam da ponta dos dedos.

“Loba imunda. Vou te matar. Vou matar todos vocês,” ele murmura, enquanto o sangue escorre de sua boca.

Cravo minhas garras em seu rosto e as arranco de volta em um movimento rápido.

“Você não vai machucar mais ninguém, nunca mais,” eu digo, limpando seu sangue no fino trapo de um vestido que eu estou usando.

Eu sinto algo dentro de mim, mas não é a força da Deusa. Não, isto é diferente…

Estou vendo tudo em vermelho. Minha mente está confusa. Estou perdendo o controle.

A cada passo que subo as escadas, sinto cada vez mais uma raiva desenfreada.

O que…o que está acontecendo comigo?

Eu não apenas abro a porta no topo das escadas.

…eu a arranco de suas dobradiças.

Desço por um corredor vazio e estéril até chegar a uma porta fechada.

A música de festa é estridente do outro lado, e posso ouvir vários homens—pelo menos cinco—bêbados dançando e curtindo a vida.

Eu abro a porta com um chute e rosno, furiosa e feroz, pronta para matar.

Os homens olham para mim, atordoados, enquanto meus olhos cintilam de um caçador para o outro.

“Quem é o primeiro?” Eu rosno, exibindo minhas garras.

Um dos caçadores puxa uma arma de seu coldre, mas ele é lento demais, e eu a derrubo de sua mão antes de rasgar sua carne com minhas garras.

Sou duplamente atingida por dois deles em minhas costas, mas eu me viro e rasgo seus pescoços.

Eles agarram suas gargantas enquanto o sangue escorre pelos dedos, e desmoronam no chão ao lado de seu companheiro.

O quarto caçador pega uma faca de sua bota e me ataca, gritando. Ele me apunhala no rosto e a lâmina parte minha pele, produzindo um pequeno corte.

Enquanto o sangue escorre pelo meu rosto como uma lágrima solitária, toco o local onde ele me cortou e sinto-o já se fechando.

Seus olhos se alargam com descrença. “Como… como fez isso?”

Arranco a faca de sua mão e a mergulho em seu peito. Ele cai no chão, com seus olhos ainda esbugalhados.

Eu quero parar e respirar fundo, mas meu corpo não me deixa. Estou sob adrenalina pura… ou qualquer outra coisa, mas não me sinto no controle.

Quando me viro para procurar a saída, vejo um jovem caçador segurando uma arma. Sua mão está tremendo enquanto ele a aponta diretamente para mim.

Porra. Cinco. Eu esqueci que eram cinco.

BANG!

Sinto uma bala de prata rasgar minha coxa, mas ela não sai do outro lado, em vez disso permanece alojada na minha perna.

Sem hesitar, pego o jovem caçador e quebro seu pescoço, mas uma dor ardente domina meu corpo enquanto me levanto.

Merda, como funciona essa coisa de cura? Essa é a pior dor que já senti em toda a minha vida!

Ao olhar para a carnificina que causei à minha volta, não posso deixar de me perguntar o que a Deusa pensaria. Ela me disse para fugir, não para matar todos no prédio.

É por isso que minha cura não está funcionando agora?

Encontro uma lamparina e vou mancando em direção a uma escada que leva a um alçapão, e subo, através de um túnel escuro.

Ao emergir, levanto minha lamparina para me encontrar no que parece ser um velho celeiro.

Então eles estavam escondidos em uma instalação secreta no subsolo durante todo este tempo. Não é à toa que nunca ninguém me tenha encontrado…

Estou prestes a empurrar as enormes portas do celeiro e deixar este buraco infernal para sempre quando vejo vários recipientes de querosene no canto.

Não posso deixar este lugar ser usado para o mal novamente…

Eu despejo querosene em todo o celeiro e esmago a lamparina sobre ele, criando um inferno instantâneo e furioso.

À medida que o fogo se espalha, eu me sinto triunfante, mas essa sensação se transforma imediatamente em pavor quando vejo o fogo se movendo em direção a algo coberto por uma lona no canto—uma caminhonete.

Merda.

KA-BLA-AAAM!

Meus pés levantam do chão, e eu voo para trás através das portas do celeiro, agora fragmentadas.

Eu caio de costas, e uma dor ardente percorre meu corpo. As estrelas cintilantes no céu noturno começam a se transformar em pontos negros borrados.

À medida que a fumaça avança na clareira e o cheiro do óleo queimado me arrebata os sentidos, sinto-me cada vez mais longe.

ALEX

O ar fresco da noite parece perfeito enquanto bebo minha cerveja no topo da velha torre de água, com vista para a floresta.

Tecnicamente, está fora das fronteiras da matilha, mas é realmente o melhor lugar para se afastar de tudo—da política, dos negócios da matilha, da pressão.

Olho para minha direita e vejo que Dominic já bebeu quatro cervejas, e está começando sua quinta.

Caramba, preciso recuperar o atraso.

“Desde quando você se tornou tão fraco?” provoca Dom.

“Sabia que toda aquela cerveja está lhe dando uma bela pança? Talvez seja por isso que você ainda não encontrou seu par,” eu retruco, cutucando suas costelas. “Seu par destinado deu uma olhada nessa barriga e fugiu para as colinas.”

“Chama-se corpo de pai de família, Alex. Está super em alta. As lobas os amam,” responde ele, sorrindo.

Dom é meu melhor amigo desde que éramos filhotes, mas por mais que eu goste de provocá-lo, não posso deixar de pensar que o estou segurando.

“Você sabe que é livre para ir procurar seu par sempre que quiser. Posso cuidar do forte por conta própria,” digo, num tom sério. “Não fique por minha causa.”

“Alex, já falamos sobre isso, e minha resposta continua a mesma. Eu não vou a lugar algum.”

“Olha, cara, sei que estive mal há algum tempo, mas prometo que estou bem agora,” afirmo, tentando parecer convincente.

“O período de luto já passou. Passaram seis meses desde que Olivia… desde que ela…” Minha voz se esvai enquanto minha garganta seca.

Dizer seu nome em voz alta me faz sentir como se alguém tivesse jogado uma carga de tijolos prateados no meu coração.

“É sério, estou bem,” digo, virando e enxugando as lágrimas de meus olhos.

“Muito convincente,” diz Dominic, suspirando enquanto coloca sua mão no meu ombro.

“Alex, você perdeu seu par destinado. Foi de repente, e você nem chegou a se despedir. Você não simplesmente se recupera assim, e tudo bem. Não é a porra de uma corrida.”

Eu sei que ele está certo. A morte de Olivia criou um buraco em mim. É como se meu próprio núcleo tivesse sido arrancado do meu corpo e agora eu tenho um vazio escuro que não pode ser preenchido.

Nenhum tipo de cura pode fechar uma ferida tão aberta como essa.

“Olhe, Dom, eu aprecio que você esteja tentando estar aqui para mim, mas se for às custas da sua própria—”

KA-BLA-AAAM!

Eu derramo minha cerveja em cima de mim enquanto uma explosão massiva balança a já frágil torre de água.

Uma coluna de fumaça preta sai da floresta à distância enquanto as brasas de um incêndio tingem o céu de vermelho.

Eu me viro para Dom. Ele parece tão chocado quanto eu.

“Estou indo,” eu digo, de repente.

Talvez seja a cerveja, ou talvez seja toda essa conversa sobre Olivia, mas por alguma razão, sinto que preciso fazer isso.

“Alex, você está louco? Isso é bem longe das fronteiras da matilha. Eu não posso permitir que você faça isso,” diz ele, segurando meu braço.

Você não pode me permitir?” Eu pergunto num tom que o lembra exatamente quem dá as ordens por aqui.

Dom rosna em submissão. “Merda, por que eu ainda tento? Tudo bem, se você vai insistir em ser um idiota, eu vou com você.”

“Não, vá buscar reforços e traga um esquadrão de guerreiros. Alguém precisa alertar a matilha.”

Dom rosna novamente e pula sobre a grade, pendurado na lateral da torre. “Tudo bem, apenas não faça nada estúpido,” diz ele, antes de desaparecer nas copas das árvores.

***

Estou quase sem fôlego quando chego à clareira onde ocorreu a explosão. É fácil rastrear o cheiro de queimado, mas há algo mais… definitivamente um lobo.

Eu me agacho nos arbustos que cercam a clareira, procurando qualquer sinal de selvagens, mas este lobo não cheira como um selvagem.

O cheiro é agradável, mel misturado com amoras silvestres.

Através da pesada tela de fumaça, eu vejo alguém no chão.

Deixo meu esconderijo para olhar mais de perto e meus olhos se arregalam com o que encontro à minha frente.

Uma garota, coberta de sangue e cinzas, está completamente imóvel, quebrada e machucada. Um raio de luar corta a fumaça, iluminando-a como um anjo caído.

À medida que me aproximo, apenas um pensamento me passa pela cabeça…

Quem é esta bela loba?

 

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No Fim do Mundo

Savannah Madis era uma aspirante a cantora feliz e alegre até que sua família morreu em um acidente de carro. Agora, ela está em uma nova cidade e uma nova escola, e se isso não fosse ruim o suficiente, ela cruza com Damon Hanley, o encrenqueiro da escola. Damon fica totalmente confuso com ela: quem é essa garota metida a esperta que o surpreende a cada encontro? Ele não consegue tirá-la da cabeça e – por mais que ela odeie admitir – Savannah sente o mesmo! Eles fazem um ao outro se sentirem vivos. Mas isso é o bastante?

A Princesa e o Dragão

“Eu pulei da minha cama. Coloquei meu casaco de pele de carneiro. Era verão, mas as manhãs ainda eram frias.

Peguei a mochila de aventura que papai me deu no meu último aniversário, quando fiz sete anos. Ele a encheu de coisas úteis que eu precisaria para caçar salamandras, construir fortes e caçar Dragões.”

O Mistério de Jack

A enfermeira Riley foi atribuída a um dos pacientes os mais notórios da ala psiquiátrica – Jackson Wolfe. E ele simplesmente é fatalmente sexy, o que é irônico, considerando que todos ao seu redor parecem estar morrendo. Enquanto Jackson atrai Riley com seu charme, será que ela consegue descobrir quem é o assassino… ou é o mesmo homem por quem ela está se apaixonando?

O Alfa do Milênio

Eve é mais poderosa do que a maioria – porém, quando recebe uma missão com um prêmio que ela não pode recusar, Eve começa a se perguntar se é forte o suficiente para concluí-la. Com vampiros, lobisomens desonestos e divindades malignas atrás dela, a determinação de Eve é posta em questão – e isso acontece antes dela encontrar seu companheiro…

Do universo de Os Lobos do Milênio

De Repente

Hazel Porter se sentia perfeitamente feliz com seu trabalho em uma livraria e seu apartamento aconchegante. Mas quando um encontro assustador a joga nos braços de Seth King, ela percebe que há mais na vida – muito mais! Ela é rapidamente lançada em um mundo de seres sobrenaturais que ela não sabia que existia, com Seth bem no centro: um Alfa feroz, forte e lindo, que não quer nada além de amá-la e protegê-la. Mas Hazel é humana. Será que isso pode realmente dar certo?

Grayson, o Alfa

Sequestrada quando criança, Lexia se tornou uma guerreira endurecida e está planejando uma rebelião que pode derrubar a hierarquia Alfa. Só há um problema: ela está acasalada com um dos doze Alfas do mundo — e ela não sabe com qual deles. Quando Alfa Grayson aparece com uma proposta interessante e um olhar penetrante, os planos mais bem elaborados de Lexia são postos em xeque. Ela finalizará seus planos ou cederá ao coração?

Classificação etária: 18 +

Disclaimer: observe que esta história não está diretamente conectada a O Roubo do Alfa, que é uma adaptação imersiva e reinventada de Alfa Kaden. Esta história faz parte da versão original do autor da série Alfa e você pode apreciá-la como uma história independente!

Nota: Esta história é a versão original do autor e não tem som.

A Chama nos Une

Em seu aniversário de dezoito anos, Lydia descobre que está destinada a se casar com o rei Gabriel de Imarnia, e sua vida inteira vira de cabeça para baixo. Usando seus raros poderes de fogo e anos de treinamento, Lydia tenta resistir ao destino a todo momento.

Mas o rei Gabriel tem outros planos…

Classificação etária: 18 +

Autor Original: Suri Sabri

O Guardião Possessivo

Quando a colega de quarto de Kara diz que seu primo vai dormir no sofá por algumas noites, Kara não se importa muito. Até que ele aparece, e eles incendeiam os mundos um do outro.

Mentes Perversas

Elaina Duval vivia uma vida perfeitamente feliz e normal com a sua mãe – bom, pelo menos até o dia em que ela completou dezoito anos. No seu aniversário, ela descobriu que foi prometida ao cruel e malvado Valentino Acerbi, que em breve se tornaria chefe da máfia italiana. Sem poder escolher ou dar a sua opinião sobre o assunto, ela é arrastada para o mundo distorcido dele e é forçada a suportar coisas que nenhum ser humano deveria ter que fazer, mas… e se ela começar a gostar?

Classificação etária: 18+ (Aviso de conteúdo: violência, abuso sexual, estupro, tráfico de pessoas)

O Convite do Alfa

Georgie passou a vida inteira em uma cidade de mineração de carvão, mas só quando seus pais morreram bem na sua frente é que ela percebeu como seu mundo realmente é brutal. Justamente quando ela pensava que as coisas não podiam piorar, a jovem de dezoito anos tropeça no território de uma matilha reclusa de lobisomens que, de acordo com os rumores, são donos das minas. E seu alfa não está muito feliz em vê-la… Ao menos no início!