Meu Alfa me Odeia - Capa do livro

Meu Alfa me Odeia

Nathalie Hooker

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15
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18+

Summary

Aurora is just a lowly maid, she didn’t think she would be the destined mate of a handsome and powerful alpha. Her mate, Alpha Wolfgang thinks the same, Aurora will never be his Luna. He refuses to acknowledge their mate bond and sets out to make her life miserable. Unknown to Aurora, though, the Moon Goddess has a greater destiny in mind for her…

Age Rating: 16+

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Capítulo Um

Aurora

Acasalamento…

Marca…

Companheiros…

Amor verdadeiro…

Cresci na sociedade dos lobos e ouvi muito essas palavras em nossa aldeia. Todo mundo só sabia falar desses assuntos. As pessoas sonhavam com o momento em que a Deusa da Lua as conduziria à sua alma gêmea.

E como eu completaria dezoito anos em breve, esses pensamentos começaram a pipocar na minha cabeça também.

Não que eu vá encontrar um companheiro.

Apertei os olhos contra o sol enquanto terminava de pendurar algumas roupas para secar. Era bem estranho viver em Iliamna, no Alasca. Mas, por alguma razão, foi lá que minha Matilha, a Lua de Sangue, decidiu morar.

"Aurora! Já terminou de lavar as roupas? O jantar já está pronto", minha madrasta gritou de dentro da casa.

"Tô indo, Montana!" Entrei na casa e fui recebida pelo desprezo aterrorizante da minha madrasta.

"Por que demorou tanto? Estou morrendo de fome!" Ela disse.

"Você poderia ter começado sem mim." Eu respondi quando me sentei à mesa e comecei a comer.

Eu tinha que dar o braço a torcer. Ela cozinhava muito bem.

"Então, Rory... amanhã você já vai ser maior de idade, né?" Minha madrasta perguntou.

Eu olhei para cima do meu prato de comida. "Ãhn? Ah... sim", eu murmurei, voltando minha atenção para a minha refeição.

Lá vamos nós...

"Como vai encontrar seu companheiro se você nunca sai pra lugar nenhum?" Ela perguntou.

"Até parece que eu vou encontrar um companheiro." Eu disse. "Com tantos ladinos e caçadores por aí, duvido que ainda reste muitos de nós…"

E era verdade.

Nossa população estava diminuindo a cada dia, apesar de todo o esforço dos nossos guerreiros para nos proteger. Meu coração apertou dolorosamente quando me lembrei da última vez que vi meu pai.

Ele morreu nos protegendo.

"Nada de desgraça e melancolia na mesa, mocinha", Montana disse. "Você precisa parar de remoer esses pensamentos negativos. É por isso que te candidatei para um emprego."

Minha cabeça levantou na hora.

"Como é que é?"

"Você vai trabalhar como ajudante doméstica na casa do líder. Eles precisam de mais gente para ajudar na festa de aniversário do Alfa!"

Meu queixo caiu.

"Eu vou ser o QUÊ? ~"~

"É uma oportunidade perfeita!" Montana gritou. "Você pode conhecer seu companheiro, e de quebra poderá ajudar com as despesas por aqui. A pensão do seu pai não vai durar para sempre, sabia?"

Eu não podia acreditar nela. Eu bufei aborrecida e fui para o meu quarto. Eu não aguentava mais ficar perto dela.

Não que ela fosse uma pessoa ruim. Ela praticamente me criou sozinha depois que meu pai morreu.

Mas ela era tão irritante às vezes. Para ela, tudo o que ela decidisse por mim era a escolha certa.

Peguei meu celular para desabafar com alguém.

Auroraoi, miga
Emmae aí quase aniversariante! Tá animada?
EmmaSeu companheiro tá cada vez mais perto 😏😏😏
EmmaEu queria ter dezoito anos...
Auroranem um pouco. Montana me arrumou um emprego bem no meu aniversário.
EmmaO QUÊ? Eu não entendo sua madrasta
Auroranem eu. Pelo menos vou ganhar dinheiro pra gente fazer umas comprinhas 😉
EmmaHaha então tá. Tenho que ir, te amo amiga.
AuroraTe amo mais 😘

Desliguei o telefone e me estiquei na cama.

É realmente tão importante para mim encontrar meu companheiro?

E se ele for um esquisito?

Será que ele vai gostar de mim? Eu vou gostar dele?

Pergunta após pergunta ficou na minha cabeça até que o sono tomou conta.

***

Levei muito tempo para me arrastar para fora da cama e me vestir, mas uma hora decidi ir até a casa do Alfa.

Vamos acabar com isso...

Aproximei-me da mansão e não pude deixar de ficar abismada com o tamanho dela. De quanto espaço eles realmente precisavam?

Depois de uma rápida inspeção feita por um dos seguranças, me vi vagando pelos grandes salões, enquanto minha mente divagava.

Eu só tinha ido à casa do líder uma vez antes, quando meu pai estava vivo.

Lembrei-me de que ele me sentou em uma cadeira do lado de fora da sala de reuniões.

"Fique aí, Rory. Não vou demorar." Ele deu um tapinha na minha cabeça e entrou em uma sala cheia de outros lobisomens.

Enquanto eu estava sentada lá, um homem enorme veio andando na direção da minha cadeira.

Ele tinha longos cabelos pretos como carvão, olhos escuros como ônix e um corte horrível no rosto.

Ao lado dele estava um garoto, com uma mecha do mesmo cabelo preto e olhos azuis brilhantes. Ele estava discutindo com o homem mais velho.

"Mas eu sou o futuro Alfa, pai! Eu deveria participar da reunião com você!"

Era o Alfa da Matilha e seu filho.

"Você ainda não está pronto para reuniões como esta, filho", o Alfa respondeu em uma voz monótona e uma expressão estoica.

Quando eles chegaram mais perto de onde eu estava sentado, eu rapidamente deslizei para fora da cadeira e abaixei minha cabeça em respeito.

Isso é o que meu pai e os outros aldeões sempre faziam quando viam o Alfa.

Eles não reconheceram minha presença, embora estivessem bem na minha frente. Eles apenas continuaram a conversar.

"Eles mataram minha mãe! Aqueles desgraçados mataram ela, e eu quero que eles paguem!" O garoto gritava com seu pai.

Ele estava tremendo, e as lágrimas ameaçavam cair do canto de seus olhos.

Seu pai ficou ali, inexpressivo, antes de finalmente falar.

"Filho, quando chegar a hora, você se juntará a nós na sala de reuniões. Mas, por enquanto, continue com suas aulas de defesa", disse o homem enquanto segurava a maçaneta da porta.

"Vou vingar sua mãe", o Alfa disse em um tom mortal antes de desaparecer atrás da porta.

Eu levantei minha cabeça um pouco para ver o menino olhando para a porta. Seus olhos estavam vermelhos com lágrimas não derramadas, suas mãos cerradas em punhos.

Ele finalmente me notou. Ele se virou para mim com um olhar, rapidamente enxugando as lágrimas com o braço.

"Há quanto tempo você está aí? Quem deixou você entrar?" Ele perguntou, ainda olhando para mim.

"Hm... Meu pai foi chamado para uma reunião importante com o Alfa e os anciões, senhor." Eu rapidamente respondi, curvando minha cabeça mais uma vez.

"Quem é seu pai? Qual o nome dele?" Ele perguntou, ainda não convencido.

"Rodrick Craton, senhor." Eu respondi, remexendo minhas mãos.

"Craton? Seu pai é o Gama?" Ele perguntou, mais passivamente desta vez.

Naquela época, eu sabia que papai tinha um papel importante no bando, mas não entendia a dimensão exata do seu papel.

"Hm... sim?" Eu respondi.

"Isso é uma resposta ou uma pergunta?" Ele disse ironicamente.

"Hm... uma resposta, senhor. Meu pai é o Gama", eu disse, tentando falar com mais confiança.

Ele me olhou por um momento, então balançou a cabeça e acenou com a mão se despedindo.

"Então continua a fazer... o que você estava fazendo, eu acho." E com isso, ele deu meia-volta e foi embora.

"Você, aí!" Fui arrancada das minhas memórias pelo som de alguém gritando comigo.

Uma senhora de seus cinquenta e tantos anos estava andando até mim o mais rápido que podia. Seu rosto estava adornado com uma expressão irritada.

"Você é uma das empregadas domésticas voluntárias para a festa?" Ela me perguntou.

"S-Sim senhora. Eu sou Aurora Craton, senhora." Eu disse, inclinando a cabeça.

Senti um leve toque no meu ombro e levantei a cabeça para ver a senhora segurando a mão sobre a boca.

"Rory?" Ela perguntou.

"Sim, senhora", eu respondi, não entendendo sua mudança de atitude.

Ela me surpreendeu me dando um grande abraço.

"Ah, Rory! A última vez que te vi, você era apenas uma garotinha. Veja como você cresceu!" Ela me empurrou para trás, me olhando da cabeça aos pés.

"Você já encontrou um companheiro?" Ela perguntou.

"Hm, não, senhora. Eu só faço dezoito anos daqui alguns dias. Eu... eu conheço você?" Eu perguntei.

"Oh! Sinto muito, minha filha. Eu sou Kala. Sou a chefe do time de domésticas da casa do líder e a parteira da Matilha. Conheci seu pai, quando ele era Gama da Matilha. Eu conhecia sua mãe também."

Seu rosto ficou triste. "Eu estava lá no dia em que ela..." ela parou. "Sinto muito por não poder salvá-la, querida."

Minha mãe morreu ao me dar à luz. Fiquei grata ao ver como Kala estava arrasada. Deu para perceber que ela realmente tentou salvá-la.

Coloquei a mão em seu ombro para tranquilizá-la. "Está tudo bem, Sra. Kala", eu disse com um sorriso. "É um prazer conhecer você."

Kala retribuiu meu sorriso e colocou as mãos em meus ombros. "Estou feliz que você esteja aqui, Rory. Vamos precisar de toda a ajuda possível."

Passei o resto do dia ajudando a limpar e preparar a mansão para a festa de aniversário do Alfa. Kala me disse que haveria mais de seiscentos convidados, contando com a nossa Matilha e as vizinhas, então havia muito o que fazer.

"Pra quê uma festa desse tamanho?" Murmurei para mim mesma enquanto arrastava um balde pesado de água suja atrás de mim. Eu lutei para virar um corredor quando bum!

Eu esbarrei em alguém e a água suja se derramou por todo o chão de mármore que eu tinha acabado de limpar.

"Inacreditável", uma voz profunda e dominante retumbou.

Eu fiquei chateada com aquele tom de voz. Como se tivesse sido tudo minha culpa. Virei-me para dar um sermão naquele cara, mas as palavras morreram em meus lábios quando vi quem era.

Alfa Wolfgang.

"Por favor, desculpe-me, senhor", eu disse humildemente enquanto meu coração batia rápido no meu peito.

Lembrei-me do garotinho que me questionou quando eu era criança. Mas agora ele estava todo crescido.

Ele ainda tinha aquele tufo de cabelo preto rebelde e os mesmos olhos azuis brilhantes. Mas agora ele se elevava sobre mim, seus ombros largos praticamente me lançaram na sombra. Eu podia ver a força em seu corpo, e o ângulo reto de sua mandíbula estava contraído.

Suas roupas estavam molhadas com água suja, e eu podia ver o aborrecimento em seu olhar.

Ah.

"Eu não reconheço você", disse ele. "Você é uma nova empregada?"

Ele não se lembra de mim.

Eu balancei a cabeça. "Estou aqui para ajudar com a festa."

"Festa?" Alpha Wolfgang franziu a testa.

"Seu aniversário, senhor."

"Ah. Verdade." Wolfgang suspirou e beliscou a ponta do nariz.

Ele não parecia muito feliz com esta grande celebração. Afinal, será que ele queria essa festa?

"Bem, limpe isso", ele ordenou, gesticulando para a poça suja.

Eu balancei a cabeça e me afastei dele, mas escorreguei no chão molhado. Eu gritei enquanto caía, mas braços poderosos me envolveram, amortecendo minha queda.

Wolfgang olhou para mim com uma cara feia. "Como você pode ser tão inútil, empregada?"

Eu fiquei sem palavras. Ele me segurou apertado contra seu peito, e eu podia sentir a dureza de seus músculos através de suas roupas.

Parecia que todo o meu corpo estava em chamas.

"O-obrigada-" Eu consegui gaguejar... antes que ele me soltasse e me derrubasse no chão. A água suja espirrou em cima de mim.

"Ei!" Eu reclamei.

Ele sorriu para mim, e eu odiei que aquilo fez meu coração parar por um segundo.

"Agora estamos quites", disse ele, apontando para suas próprias roupas sujas. Ele se afastou, me deixando boquiaberta e indignada.

Que idiota!

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