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Lake tinha um plano perfeito. Encontrar seu parceiro, sossegar e começar uma família. Mas, quando seu parceiro a rejeita por outra pessoa, seu plano é destruído… assim como seu coração. Deverá Lake ter fé de que a Deusa tem algo reservado para ela? Pode ser ainda melhor do que ela tinha planejado.

 

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1

Resumo

Lake tinha um plano perfeito. Encontrar seu parceiro, sossegar e começar uma família. Mas, quando seu parceiro a rejeita por outra pessoa, seu plano é destruído… assim como seu coração. Deverá Lake ter fé de que a Deusa tem algo reservado para ela? Pode ser ainda melhor do que ela tinha planejado.

Classificação etária: 16+

Autor Original: Karrie

LAKE

Eu fico olhando para o espelho e não consigo reconhecer essa garota que me encara de volta.

Os olhos de esmeralda, uma vez brilhantes, estão opacos, vazios, sem vida. A saliva está seca em sua bochecha esquerda e seu nariz está vermelho de tanto choro.

O vestido de noite está rasgado em pedaços, enquanto hematomas se formam ao longo de seu estômago e caixa torácica. Seu cabelo está emaranhado e oleoso devido à falta de banho.

Uma onda de dor me invade e eu grito de agonia. Meus ossos e músculos doem quando meu corpo bate no chão. Lágrimas inundam meus olhos enquanto um par de braços me envolve suavemente.

Meus dedos dobram com tanta força que posso senti-los estourar. Eu me enrolo no meu irmão gêmeo, Landon, em posição fetal e choro. Meu corpo se contrai de dor.

“Ele vai matá-la!” Ouço os gritos abafados da minha mãe. “Meu bebê…”

Landon me segura com mais força e enterro meu rosto em seu pescoço. Minhas garras e meus caninos querendo sair.

“Não a deixe ir, Landon”, meu pai ordena. “Lynne está lutando com ela.”

Lynne, minha loba, está desesperadamente querendo sair e despedaçar aquela que o tirou de nós.

Meu peito estala quando outra onda de dor me atravessa. Eu me agarro à camiseta do Landon e mordo meu lábio inferior até sangrar.

Meus olhos estão fechados com força e meu rosto está tenso. Posso sentir tudo o que eles estão fazendo agora.

E, como tantas noites antes desta, a dor desaparece tão rapidamente quanto apareceu.

Lynne lentamente volta à realidade e foge para o fundo da minha mente. Ela se recusa a deixar que eu suporte sua dor também.

“Está tudo bem…” Landon tira meu cabelo do rosto. Eu me seguro a ele com um nó na garganta.

“Por que ele fez isso comigo?”, pergunto, minha voz falhando. Meu rosto está vazio de emoção enquanto encaro o azulejo do banheiro ligeiramente manchado com o sangue das minhas feridas.

“Você tem que parar com isso…” Minha mãe implora ao meu pai: “Não deveria ser assim.”

Solto Landon e caio mole em seus braços. Ele suporta meu peso de bom grado e aperta meu ombro, me consolando.

“Não importa como isso deveria ser”, meu irmão rosna. “Lake precisa de nós agora. Isso é tudo o que importa.”

Depois de uma certa insistência, finalmente deixei Landon me levantar e me ajudar a voltar para o meu quarto. Meus pais ficaram lá para limpar a bagunça.

“Lake…” Landon suspira ao ver minha barriga. Os hematomas estão mais proeminentes esta noite. Muitos são azuis e roxos, enquanto outros, de hoje cedo, são de uma tonalidade amarela.

Meu gêmeo tira minha camisola e me veste com sua própria camisa. É larga o suficiente para não irritar os cortes adicionais causados ​​pelas minhas unhas.

“Por favor… não me deixe sozinha…”, sussurro, enquanto Landon puxa o cobertor sobre mim. Ele não diz nada e se senta no chão ao meu lado.

Eu me viro e adormeço com Landon cantarolando baixinho.

1: Quando basta, basta mesmo?

São 3 da manhã. Meus olhos estão muito secos para liberar mais lágrimas.

Toda vez que começo a cair no sono, vejo a expressão de nojo em seu rosto e ouço o desgosto na sua voz naquela noite. Meu cérebro fica imaginando o que poderia ter sido e o que deveria ter acontecido quando nos conhecemos.

Eu já teria acasalado e sido marcada a essa altura. O atual alfa e sua luna dariam as boas-vindas à minha família e a mim na casa da matilha. Lá, meu parceiro e eu começaríamos nossas vidas juntos, nos formaríamos e seríamos nomeados os novos alfa e luna. E o mais importante: eu ficaria feliz e segura na cama dele.

Solto um gemido com a dor latejante das minhas costelas. Novos sintomas da rejeição são uma ansiedade constante e ataques de ansiedade. A hiperventilação fez com que minhas costelas quase se quebrassem com a pressão de Lynne.

Quando os temos, não é apenas o corpo humano que os possui, é também o corpo do lobo. Lynne tem tentado se transformar para que fosse mais fácil para nós duas nesse momento, mas eu continuo me recusando. O resultado são quase três costelas quebradas.

Eu ainda sinto o cheiro dele no ar, mesmo que ele não esteja por perto. É um perfume de floresta e chuva fresca.

A Deusa da Lua e suas Moiras contaram mais algumas coisas para a minha mãe. Mas eu me pergunto por quanto tempo mais vou conseguir segurar essa dor.

Quase caio no sono no caminho para a escola. Meu parceiro se divertindo novamente na noite passada foi como uma lâmina rasgando a minha pele. Parecia que minha garganta ia se fechar. Era muito pior do que de costume.

Eu também tive que usar alguma maquiagem essa manhã de novo. Minhas olheiras estão me deixando com a cara de um guaxinim com raiva.

“Você sabe”, Landon estacionou o carro em seu lugar habitual. “Eu ainda poderia dar uma surra nele.” Dou uma risada leve. Minha dor é evidente.

“Landon”, eu suspiro. “Eu só quero passar pelo processo. Ele pode fazer o que quiser e eu farei o mesmo quando finalmente conseguir meu sono de beleza por duas noites seguidas.”

Meu irmão revira os olhos, mas ri da minha tentativa de piada. Isso libera o nó que vinha se formando no meu peito nas últimas horas.

“Lake!” Riley corre até mim e me abraça. Eu sorrio e dou risada do rosto chocado do meu irmão.

Riley percebe. “Que foi? Ela é minha melhor amiga.”

“Eu nunca tenho essa recepção!” O rosto de Landon fica amargo quando ele começa a fazer beicinho. Reviro meus olhos para os pombinhos enquanto Riley dá um grande beijo na bochecha dele e aconchega o rosto em seu pescoço. O sorriso de Landon não tem preço, mas não posso deixar de sentir o pavor e a ansiedade que sei que virão hoje.

Lynne está ficando inquieta enquanto Landon e eu caminhamos para a aula de química. Tento acalmá-la enquanto viramos no corredor, mas assim que fazemos isso, me arrependo.

Meus olhos se arregalam quando vejo meu parceiro com sua nova garota. Seus lábios estão curvados em um sorriso enquanto ela envolve seus braços em volta da cintura dele. Eles estão se olhando nos olhos com adoração.

Posso sentir o peso esmagador da raiva de Lynne e da minha tristeza. Meu corpo começa a doer enquanto eles parecem se beijar profundamente em câmera lenta. Meu corpo fica frio e rígido quando Landon percebe isso também.

“Lake…” Landon tenta agarrar minha mão, mas eu a arranco. Meus olhos ainda estão grudados no casal na minha frente. “Você precisa me deixar ajudá-la. Tem muita gente aqui. Deixa eu te levar para casa e lá você pode ir correr um pouco.”

De repente, a raiva da minha loba obscurece minha tristeza. O sorriso do meu parceiro desaparece quando fazemos contato visual. Minhas mãos estão começando a rasgar as alças da minha mochila enquanto a garota em seus braços também olha na minha direção.

“Ah, olha, a rejeitadinha.” A menina sorriu.

Meu irmão rosnou: “Delilah, cuidado.” Lynne está começando a ultrapassar minhas barreiras. Ela não quer nada mais do que destruir Delilah e arruinar todas as memórias que nosso parceiro tem dela.

“O quê?” Delilah ri e beija a bochecha do meu parceiro. Eu e ele fazemos um contato visual frio como gelo. Algo brilha dentro daqueles olhos verdes dele que faz meu estômago revirar. “Acho que todos estão se perguntando a mesma coisa. Por que ela não se tornou uma renegada e virou as costas para todo mundo aqui?”

“Porque ela…” Antes que meu irmão pudesse terminar a frase, deixei cair minha mochila e corri na direção oposta desta situação. As pessoas saem do caminho ou eu as faço sair. Eu me dou conta que estou prestes a perder toda a minha noção de humanidade se eu continuar aqui por mais tempo.

Saio pela entrada da escola e corro em direção à floresta. Meus caninos aumentam e minhas garras surgem. Não estou na minha verdadeira forma de lobo, mas o suficiente para dar uma boa corrida e derrubar uma ou duas árvores.

É noite de Lua cheia. Meu corpo está tremendo por causa da luta que tive com Lynne para assumir o controle. Demorei uma eternidade para voltar ao nosso território. E mais duas horas para reunir coragem para enfrentar minha família. Eu sei que eles estão muito preocupados comigo.

Estou a cerca de dez quilômetros de casa. Eu precisava de espaço e ar fresco. Todas as partes do território carregam o perfume dele. Como seu lobo é o próximo alfa, ele precisa fazer uma verificação de rotina das fronteiras que cercam o território da minha matilha, a Dark Moon.

Mesmo a quase dez quilômetros de distância, posso sentir o cheiro delicioso do meu parceiro. Imagens de Delilah com as mãos pegajosas na cintura dele essa manhã passam pela minha mente. Uma dor se manifesta no meu peito mais uma vez.

Agarro minha camisa com força e olho para a Lua. A linda Lua que amei por dezoito anos da minha vida.

Eu sempre saía durante a noite apenas para observar a Lua. Minha mãe me repreendia por adormecer do lado de fora e me castigava por um ou dois dias. Quando eu me transformei pela primeira vez, foi só o que fiz. Eu dormia ao ar livre na grama ou embaixo da copa das árvores, onde tem um ninho feito por Lynne para nos manter aquecidas no inverno.

Minha mãe parou de brigar comigo depois que Lynne apareceu na minha vida. Principalmente porque eu faria aquilo de qualquer maneira, então ela desistiu.

Suspiro e olho para o chão. Só consigo pensar nessa dor. A dor de perder aquele para quem eu estava destinada e que também estava destinado para mim.

As lágrimas finalmente caem. Eu não consigo mais segurá-las. Desde as últimas semanas, tudo se acumulou a ponto de me fazer quase demolir um vale inteiro de árvores.

“Eu sei que você disse que isso iria passar…”, sussurro e olho para a Lua novamente. A casa da nossa Deusa e de suas Moiras. “Mas… quando você vai deixar isso acontecer?!” Minhas palavras saem misturadas com a dor e a raiva.

Seguro o lado esquerdo do meu pescoço. Está queimando desde o pôr do sol.

A queimação aumenta, começo a gritar e caio de joelhos. Minha pele está fervendo. Parece que estou sendo marcada com um ferro quente.

A dor de Lynne inunda meus sentidos. Raiva, dor, tristeza e pura impotência invadem minha cabeça ao mesmo tempo. Meu corpo dói e minhas articulações enrijecem.

O vínculo com meu parceiro está me punindo. O presente da Deusa da Lua está me punindo. A sina das Moiras está me punindo. Minha própria loba está me punindo.

Quando acho que não vou mais aguentar, meu corpo desaba. Começo a hiperventilar, mas meus olhos querem se fechar.

Quando não consigo mais mantê-los abertos, uma figura escura bloqueia o luar.

 

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2

LAKE

“Qual é o seu nome?” Posso sentir seu calor na minha bochecha. Sua outra mão envolve minha cintura e me puxa para perto. Eu me inclino ao seu toque e sorrio.

“Lake Mavris.” As pessoas começam a se reunir ao nosso redor e nos olhar com admiração.

Meu parceiro percebe e imediatamente afasta sua mão. “Não há nenhuma maneira de eu ser parceiro da filha de um Guerreiro. Eu rejeito você como minha parceira. Saia da minha frente!”

Meus olhos se abrem para um teto de terra. Raízes de árvores e outras plantas pendem dele e formam um casulo até uma entrada do outro lado do espaço. O cheiro de cervo recém-morto e cozido enche minhas narinas.

Lynne está ansiosa e pronta para comer. Cuidadosamente me levanto da cama de lama seca e folhas mortas. Tenho o cuidado de não fazer barulho antes de sair para a fresca manhã de inverno.

Eu tremo um pouco antes de me acostumar com a atmosfera fria. Benefício de ser um lobisomem; constantemente superaquecendo o corpo e com uma pele resistente às intempéries.

Vejo uma boa quantidade de carcaças de cervos girando em um espigão no topo de uma fogueira aninhada no tronco de um grande carvalho oco.

Dou um pulo ao sentir uma presença atrás de mim. Eu me viro rapidamente e assumo uma posição defensiva. Vejo um menino uns sete centímetros mais alto do que eu com os braços cruzados e os pés separados. A aura que ele emite é a de um alfa.

“Bom dia para você também, Luar.” Ele revira os olhos e ri. “Desculpa te assustar. Eu não esperava que você acordasse tão cedo.”

Ele está vestindo calças jeans preta e botas de motoqueiro. Ele também está com uma jaqueta de inverno velha, que abraça com perfeição seu corpo musculoso. Seu cabelo castanho escuro complementa seus olhos azuis claros.

“Primeiro, meu nome não é Luar”, rosno por entre os dentes, “E, segundo, quem é você e onde eu estou?” Minha postura defensiva enrijeceu ainda mais quando ele deu um passo em minha direção.

“Ei, calma aí.” Ele levanta as mãos em sinal de rendição. “Não precisa ser hostil com o cara que te salvou de um ou dois renegados na noite anterior, antes mesmo de você comer”.

Olhei para ele confusa e relaxei minha postura brevemente. “Renegados?”

“Ah, sim.” Ele anda ao meu redor, pega um pedaço de pau, se senta em um tronco em frente ao carvalho e atiça o fogo. Mantenho meus olhos nele o tempo todo antes de ir eu mesma aproveitar o calor do fogo.

“Você desmaiou naquele penhasco depois de destruir dez ou mais árvores no vale. Naturalmente, vendo que você estava em uma parte do meu território, eu fui lá ver o que diabos você pensava que estava fazendo, mas então você começou a falar com a Lua como se a conhecesse pessoalmente. Fiquei só observando até você gritar, cair no chão e desmaiar. Antes que eu pudesse chegar até você, porém, dois renegados passaram a te circular. Então, dei um jeito neles e trouxe você para a minha toca.”

O homem aponta para a área em que estamos. Percebo que está camuflada com centenas de arbustos por toda parte e pequenas árvores ao redor da entrada e um grande carvalho no centro. Quase não há neve caindo na copa das árvores acima, que deixa passar pequenos feixes de luz do sol.

Olho para ele e depois para o fogo: “Bom… Obrigada por me salvar. Peço desculpa pela minha reação ameaçadora, mas não pelos meus reflexos e minha defesa. Meu pai me criou para eu saber me proteger em um território desconhecido.”

Ele ri e olha para mim: “Entendo. Eu reagiria da mesma forma se um estranho me salvasse, me cedesse sua própria cama, fosse caçar e cozinhar para mim.”

“Quando você coloca dessa forma, eu pareço uma ingrata”, bufei.

“Estou só brincando com você.” Ele ri de novo. “Parece que você não dorme há oitenta e quatro anos e, desde a noite passada, dá para perceber que suas últimas semanas não foram as melhores da sua vida. Com o que uma lobinha como você tem tanto a se preocupar?”

De repente, me lembro do que aconteceu ontem à noite e seguro meu peito com força. “Eu… Eu só…”

O homem joga sua vara no fogo, “Eu não devia ter perguntado. Nem te conheço direito. Desculpe.”

Seu jeito educado me faz dar alguns passos para trás, e ele, então, permite que eu devore o cervo antes mesmo que ele se aproxime do bicho. É incomum para um alfa deixar um lobo de nível inferior comer antes dele. A carne saborosa e gordurosa satisfaz minha loba e sua fome. Sou grata por isso.

Depois de alguns momentos de silêncio, em que termino de pegar o resto das carnes grudadas nos ossos do cervo, finalmente pergunto: “Qual é o seu nome?”

Ele suspira pesadamente e fecha os olhos brevemente. Ele parece estar pensando profundamente antes de se virar para mim e dizer: “Jake.”

Não pude deixar de perguntar: “Da State Farm?” Jake balança a cabeça e ri.

“Sim. Da State Farm.”

“De onde você vem?”

Jake sorri e me olha de lado. “De lugar nenhum.”

Não demora muito para anoitecer. Jake me levou para um passeio por seu território, me mostrando alguns dos seus lugares favoritos para caçar e lagos com a água mais limpa que já vi.

“Você mora aqui sozinho?”, pergunto. Fazemos contato visual brevemente, posso ver a solidão escondida dentro dos seus olhos

Jake limpa a garganta e olha para o mato do outro lado do lago. “Sim. Desde que consigo me lembrar.”

“E quanto à sua matilha?” Sigo seu olhar e localizo algo peculiar quando as folhas começam a se agitar.

“Essa é uma história para outra hora.”

“Obrigada por tudo o que você fez por mim.” Sorrio para Jake enquanto ele atiça o fogo com sua vara. Depois de tentar algumas vezes, não consegui arrancar mais nada dele. Posso ter tocado em um ou dois pontos sensíveis, mas ele não demonstra nada. “Acho que vou te deixar em paz agora, meus pais provavelmente estão muito preocupados.”

Há um respeito implícito entre nós.

“Você pode voltar quando quiser, Luar.” Jake se levanta e estende a mão. “Se você tiver qualquer problema, será sempre bem-vinda aqui.”

Eu me despeço dele alguns minutos depois com relutância, no limite do seu território.

“Continue em frente até ver o grande rio, desça em sua direção e uma hora você vai chegar onde quer.”

Jake acena para mim e saio correndo. Minha adrenalina começa a bombear e posso sentir meus ossos começando a rachar e a se remodelar. Eu salto de um grande tronco de carvalho e caio de quatro.

Lynne está em êxtase por ser libertada. Ela pula e se sente livre enquanto o vento cortante do inverno flui entre seus pelos. Em toda sua empolgação, Lynne ainda sabe que não deve se desviar do caminho quando cruzamos o rio que Jake mencionou.

Minha loba leva um tempo desfrutando as águas frescas da nascente antes de trotar alegremente com a cabeça e o rabo erguidos. Como uma verdadeira luna faria em um território desconhecido.

Não demora muito para entrarmos nas fronteiras da matilha. Lynne é bombardeada com guerreiros e guardas do grupo do meu pai. Os lobos brancos de Landon e Riley estão entre eles.

“Lake!” A voz do meu pai é uma mistura de ira e alívio. “Estávamos muito preocupados!”

Lynne se curva para o meu pai em respeito. Suas orelhas estão inclinadas para trás e a cauda repousa no chão. É a sua maneira de se desculpar, já que ela foi principalmente a razão de eu fugir e sair do território.

“Lake Mavris.” O tom do alfa ressoa no ar. Todos param e expressam seus respeitos ao nosso líder. Tanto os lobos quanto as formas humanas.

“Ouvi dizer que você teve uma noite que preocupou bastante todos os presentes.”

Minha mente é imediatamente contaminada com a visão de meu parceiro de pé ao lado do pai dele. Seu cheiro enche meu nariz. Meu olfato é intensificado milhares de vezes na forma de Lynne.

Minha loba não aguenta vê-lo. Ela força uma transformação dolorosa. Os ossos estalam de volta ao seu lugar original e não consigo deixar de soltar um leve grito.

Meu rosto está vermelho de vergonha e meu pai rapidamente colocou seu casaco sobre meu corpo em sua forma humana. Todos os lobos machos não acasalados presentes empinam suas orelhas e olham para mim. A maioria deles está olhando para o meu pescoço e não para o resto do meu corpo.

“Onde você foi?” O alfa olha para mim, sem se preocupar com o que acabou de acontecer. “Você deve ter tido uma boa razão para abandonar o território da matilha.”

Coloquei minha cabeça no chão em respeito. “Uma certa questão deixou minha loba em um estado de inquietação, alfa. Eu precisei sair antes que os humanos que frequentavam a escola vissem eu me transformar.”

“Você certamente poderia ter retornado antes do anoitecer.” O alfa deu um passo em minha direção. Ele colocou sua mão sob meu queixo e levantou meu rosto para eu olhar nos olhos dele. “Minha filha, o que te incomoda?”

Os lobos ao nosso redor se movem desconfortavelmente. Meu parceiro limpa a garganta. É óbvio que o alfa não foi informado do que aconteceu entre mim e seu filho.

“Lynne está esperando ansiosamente a chegada de nosso parceiro, alfa.” Eu me esforço para falar. É como se as palavras fossem blocos de metal alojados na minha garganta. “Ver todos com seus parceiros a deixou incontrolavelmente ciumenta.”

“Entendo.” O alfa dá um tapinha no meu ombro e limpa a garganta “Bom, seu parceiro vai se mostrar em breve. Você recentemente completou dezoito anos, é apenas uma questão de tempo. “

Faço contato visual com meu parceiro. Sua expressão é tensa, com os lábios em uma linha fina e os músculos da mandíbula salientes. Seus impressionantes olhos verdes sugerem uma emoção.

“Lake…” Landon aparece atrás de mim e me conduz para longe da multidão. Ele me leva para trás de um galpão de suprimentos próximo ao lugar que os guerreiros usam para treinar.

“Obrigada”, murmuro, uma vez que estamos longe da visão de quase todos. Meu coração está acelerado. Demoro um ou dois minutos para recuperar o fôlego.

“Deixe-me ver seu pescoço.” Landon move o casaco que meu pai colocou sobre mim. Seu rosto fica sério e tenso. “Eu sabia.”

Meu irmão gêmeo pragueja baixinho e chuta uma pedra na direção do fundo do galpão. A confusão e a ansiedade inundam minha mente e meu corpo.

“Landon, o que foi?”, pergunto. Ele me ignora e pragueja baixinho novamente.

“Não foi nada”, Landon responde. “Vamos limpar você.”

Já se passaram algumas horas e finalmente estou no calor do meu próprio colchão. Deixei meus edredons e travesseiros me envolverem em um estado reconfortante. E, pela primeira vez em algum tempo, tenho uma boa noite de sono.

Meu despertador está tocando no meu ouvido e eu solto um grunhido. Depois de tirar mais uma soneca, me levanto e me espreguiço. Lynne está grogue, mas se sentindo melhor do que ontem e anteontem à noite.

Acendo a luz e bocejo. Meus olhos levam um minuto para se ajustarem à luminosidade e, quando o fazem, é quando eu vejo.

No lado esquerdo do meu pescoço. Algo que nunca pensei que estaria no meu corpo.

Há veias escuras saindo delas e a região está machucada. Marcas caninas e sangue seco. Minha pele não está sarando como faria normalmente e há evidências de irritação nos anéis vermelhos ao redor das marcas dos dentes. Pus branco sai ferida onde a pele está inchada.

A Marca de Traição.

 

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Disclaimer: observe que esta história não está diretamente conectada a O Roubo do Alfa, que é uma adaptação imersiva e reinventada de Alfa Kaden. Esta história faz parte da versão original do autor da série Alfa e você pode apreciá-la como uma história independente!

Nota: Esta história é a versão original do autor e não tem som.

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