Caindo na Real - Capa do livro

Caindo na Real

Delta Winters

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Chapter
15
Age Rating
18+

Summary

From a young age, Maya Hamilton was a wild party girl who loved nothing more than letting loose and doing whatever she wanted. Jace Parker was an irresponsible frat boy who had a thing for party animals; they were perfect for each other—until out of the blue he dumped her by text. Now, two years later, they meet again as student and teacher, and Maya is hiding a life-altering secret from Jace!

Age Rating: 18+

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Meu Novo Professor (Babaca)

MAYA HAMILTON

"Liz, eu tenho um trabalho, tá? Eu realmente não preciso da sua caridade", eu reclamo normalmente ao telefone numa manhã de segunda-feira. Pensando melhor, isso é normal numa segunda, terça, quarta ou basicamente em todas as manhãs.

Para não ser confundida com alguém que é ingrata pela ajuda que minha prima oferece, ela sabe ser muito insistente.

Prefiro aceitar seu tempo do que seu dinheiro, não que ela tenha mais do que uma mulher comum na casa dos vinte anos, de qualquer maneira. "Eu tenho que ir."

"Não, Maya-"

"Tchau", interrompi antes de desligar e suspirar de alívio, enquanto colocava meu telefone na minha mochila.

"Mel?", chamo.

A cabeça da minha vizinha idosa salta para fora da cozinha, ela tinha respingos de comida manchando sua camisa, e um sorriso brilhante e iluminando seu rosto.

"Estou saindo. Te vejo às quatro, ok?"

Ela acena com a cabeça rapidamente antes de voltar para a cozinha por ter ouvido pequenos ruídos.

Eu ri um pouco antes de colocar minha bolsa no ombro e pular para fora da porta.

Desci correndo as escadas do complexo, pego minha correspondência da caixa, coloco-a na bolsa, e corro para a faculdade na hora certa.

Como uma estudante universitária com o objetivo de manter minha bolsa de estudos, minha assiduidade e foco nas aulas precisavam ser o melhor possível. O que é um desafio por si só.

E o fato de eu não possuir um meio de transporte, e ter um suprimento de dinheiro limitado, significava que eu precisava deixar meu apartamento cedo o suficiente para ir a pé. Na maioria das vezes, uma caminhada rápida se transforma num cooper ou até mesmo numa corrida.

No momento em que chego às portas deprimentes da faculdade, sou saudada com o ar tenso de angústia e confiança exacerbada.

Os estereótipos passam, as estrelas do futebol andando todas juntas, compartilhando fotos, jogando bola e conversando com as garotas em seus armários.

Sons de risos e vozes masculinas altas dominam os pensamentos silenciosos dos esquecidos e solitários. Eu, claro, sendo um deles.

Não tenho tempo para uma vida pessoal fora do meu trabalho, minhas responsabilidades e educação. Portanto, meus amigos são escassos. Nenhum amigo, pra ser mais precisa.

Existem caras que gostam de me incomodar e que se sentam perto de mim nas minhas aulas. Mas eu sou alguém que não pertence a um determinado grupo.

Para manter minhas notas boas, eu gasto meus almoços fazendo lição de casa e trabalhos extras em uma mesa separada. E, às vezes, algumas pessoas me importunam.

Tive muito pouco contato social nesta faculdade que frequento há um ano, alguns são curiosos sobre a garota solitária. Mas tenho outras coisas em mente.

Minha educação é extremamente importante para mim.

Me dirigi para minha primeira aula, História, e peguei uma das muitas carteiras vazias perto das janelas que se abriam para um dia sombrio, abri meu fichário e enfiei o nariz no livro de história.

"Aham!" Ouço uma tosse na minha frente. Abaixo o livro e vejo alguns dos caras que gostam de me questionar sobre minha vida, para descobrir qualquer coisa.

Com a quantidade que sabem sobre mim, eles acreditam que há um mistério ao meu redor, além das outras fofocas que os alunos inventam nesta faculdade. E, bem, eles não estão tão errados.

"Olá", saúdo antes de retomar casualmente minha leitura, esperando que ele simplesmente desapareça como fantasma, ou que eu desapareça para não ter mais que lidar com nenhum contato social.

Se ao menos eu pudesse apenas frequentar a faculdade sem mais ninguém além dos professores, acredito que aprenderia muito mais rápido.

Claro, sempre há faculdades online, mas eu gosto de bibliotecas reais e aprendizado interativo. Antes que o cara pudesse falar, o professor valsou para dentro da classe, fechando a porta com força para chamar a atenção da turma, e passou a rabiscar o quadro-negro com confiança e domínio.

Embora eu só pudesse ver suas costas largas, podia dizer que ele é jovem, provavelmente recém-saído da faculdade, ou quase isso. Seu cabelo louro-claro é muito parecido com o de um cara que conheci.

Um cara de muito tempo atrás, pelo que parece. Já se passaram quase dois anos. E mesmo tentando seguir em frente, minhas memórias dele ainda permanecem. E como não?

Ele foi meu primeiro amor, e mudou minha vida de uma forma massiva. Uma forma astronômica.

"Meu nome é Sr. Parker, seu novo professor de história", ele declarou em uma voz incrivelmente familiar enquanto se virava, e eu vi uma face incrivelmente familiar, de aquecer o coração.

Respiro fundo quando meus olhos avistam seu rosto: o cara que uma vez amei, e ainda amo, parado na frente da classe, meu novo professor.

A barba por fazer cobre sua mandíbula e seus olhos azuis claros piscam para os rostos rostos de seus novos, e talvez seus primeiros alunos. Até eles encontrarem os meus. E todo o seu corpo congela.

E tudo ao nosso redor parece parar.

E seus olhos se enchem de emoções que não consigo decifrar.

Eles brilham com o olhar que ele costumava me dar antes, quando ele me disse que me amava. Nós estávamos namorando há apenas quatro meses no total, mas tudo parecia tão importante e intenso naquela época.

Aqueles quatro meses, quando eu tinha dezoito anos, pareceram a coisa mais significativa que já aconteceu. E talvez fosse, considerando as consequências com as quais estou vivendo agora. Não que eu possa me arrepender.

Eu o vejo forçar seus olhos para longe, para não chamar a atenção para a familiaridade entre nós.

Recuperando a compostura equilibrada e assertiva que manteve ao passar pela porta, ele tossiu um pouco e começa a aula.

Ouvir sua voz de novo é quase como uma música suave para meus ouvidos, se eu não me lembrasse do que ele fez, e do idiota ele é. Terminou comigo por mensagem.

E então passou a ignorar todas as minhas ligações depois.

Eu era ingênua naquela época, e apesar de não ser há muito tempo, parecia outra vida.

Seus olhos piscam constantemente para mim, o que percebo com o canto dos olhos, enquanto evito os dele.

Tento me concentrar, mas é incrivelmente difícil me concentrar em uma aula quando meu ex-namorado é o professor.

Jace. Jason Parker. Era um garoto de fraternidade quando nos conhecemos. Agora ele é meu professor, usava uma camisa passada e calça jeans para manter o seu estilo. Seu estilo muito atraente, no qual não estou pensando, ou tentando não pensar.

Ele é indiscutivelmente, por mais que eu queira negar, gostoso, e ainda me afeta como ele fazia antes.

Antes eu mal estava no último ano do colégio, e ele era - pelo menos eu pensava - um universitário maduro, que mostrou interesse em mim e eu me apeguei a isso como se fosse uma droga.

E ele amou que eu o adorava. Eu era imatura e ele também. Mas era como se ele fosse um deus, esse cara impossível de estar com quem eu era.

E quando ele me disse que me amava, era como se fossem as palavras mais sagradas de todas.

Quando nós terminamos, e eu pude finalmente ver nosso relacionamento como era, percebi que ele não era uma criatura celestial. Honestamente, ele era mais comparável ao diabo, mas também não era de todo ruim.

Ele era apenas um cara, é apenas um cara. Nosso relacionamento era bom, pelo menos eu pensei que fosse. Foi... intenso. Eu passava todo o meu tempo com ele ou pensando nele.

Então eu percebi que estava sonhando acordada a lição inteira, eu continuei lendo minhas anotações que Jace, quero dizer, Sr. Parker, dizia. Assim que a aula terminou, seus olhos estavam em mim novamente.

Decidi que deveria ter uma conversa com o Sr. Parker sobre limites, e como esclarecer nosso relacionamento, e sobre mudar de classes.

Depois que todos saíram, ele fecha a porta com cuidado e percebe que estou encostada em sua mesa, com os braços abraçando meus livros contra o peito. E meu peito se torna exatamente o alvo onde seus olhos se fixam.

Eu tossi para chamar sua atenção, e zombo enquanto reviro meus olhos para ele. Ele ainda é o mesmo idiota com tesão, eu percebo.

Ele se senta em sua mesa, enquanto olho para ele, ele tenta tocar minha mão, e eu a recolho com receio.

Esse cara, esse homem, meu ex-namorado. Ele sumiu há quase dois anos com uma mensagem de texto covarde.

Ele pensou que eu havia ligado pra ele, na época, para brigar com ele, para tentar persuadi-lo a não me largar ou algo parecido com desespero. Mas eu tinha algo para dizer a ele.

Algo que descobri no dia anterior, e que estava tentando absorver.

O fato de eu estar grávida de sua filha.

E agora ele está na minha frente, o pai do meu bebê.

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