O Fim da Jornada - Capa do livro

O Fim da Jornada

S.L. Adams

0
Views
2.3k
Chapter
15
Age Rating
18+

Summary

For Stella, loving Nate Miller is as obvious and necessary as breathing. She’s been madly in love with him since she was twelve, but as he was five years older and the high-school football star, he never saw her as anything other than a little sister. Now they’re both grown up and Stella still feels the same way, but this time Nate feels something too… Only problem is he’s using her to be on a TV show!

Age Rating: 18+

Ver mais

Capítulo 1

NATE

Meus faróis refletiram na placa de  Bem-vindo a Donaldsonville  ~enquanto eu entrava na pacata cidadezinha onde cresci.~

Pequenos pedaços de neve suja ainda permaneciam ao longo das calçadas da Main Street, servindo como um lembrete gritante de que estávamos no norte de Michigan, onde as tempestades de inverno não eram raras em abril.

Suspirei profundamente quando virei na rua arborizada com casas coloniais de dois andares e amplas varandas frontais. Nada mudou muito nos dois anos em que eu fiquei longe de casa

Eu parei na garagem dos meus pais e desliguei o motor, o pavor tomou conta de mim, como um enxame de mosquitos zumbindo em meus ouvidos. Eu nem tinha saído do carro e já estava entediado.

Eu era um caçador de emoções, mas nunca fui muito focado. Eu passei os últimos oito anos vagando sem rumo, de trabalho em trabalho e de cidade em cidade. Depois de um ano de faculdade, eu sabia que isso não era para mim. Comecei a tirar fotos e vendê-las na internet para ganhar dinheiro.

Logo depois consegui um emprego como fotógrafo. Comprei uma câmera extravagante e, em pouco tempo, estava ganhando dinheiro. Fiz aulas de fotografia e comecei a construir a minha fortuna fazendo trabalhos freelance.

Quando eu conheci a Holly, pensei ter encontrado a mulher perfeita para mim. Ela adorava viajar e praticar esportes radicais. Foi assim que nos encontramos. Em uma viagem de paraquedismo. Ficamos juntos por dois anos. Eu achei que tudo estava ótimo.

Nós estávamos felizes. Ou eu estava. Aparentemente, ela não estava. Um dia ela voltou para casa e me deu um ultimato. Ela estava pronta para se estabelecer e se casar. Se eu não estivesse pronto para dar esse passo, tudo estaria acabado.

Ai.

Obviamente, eu  não  ~estava. E foi assim que eu vim parar na casa dos meus pais naquela noite de início de primavera.~

Eu tinha acabado de fechar a porta da minha caminhonete quando a minha mãe veio voando pelos degraus da varanda

"Nathaniel!" ela gritou, enquanto me abraçava, jogando os braços em volta de mim. "Eu não posso acreditar que o meu bebê finalmente está em casa.”

"Eu não sou um bebê, mãe,” eu ri. "Tenho vinte e sete anos."

"Você sempre será o meu bebê", disse ela, dando um tapinha na minha bochecha. "Não importa quantos anos você tenha."

"Eu sei", eu suspirei, envolvendo meu braço em volta da cintura dela antes de subirmos os degraus da varanda.

"Nate, meu menino”, disse meu pai, levantando-se da cadeira e me puxando para um abraço de urso gigante. "É bom ter você em casa. Faz muito tempo."

"Eu sei, pai. Desculpe."

"Onde estão as suas coisas?" minha mãe perguntou, seus olhos examinando a caçamba da minha caminhonete. "Achei que você tinha vindo para ficar."

"Ellie,” meu pai disse baixinho.

"Está tudo bem, pai." Virei para minha mãe, que ainda estava olhando para a caminhonete como se esperasse que todas as minhas  coisas  ~aparecessem magicamente. "Mãe, vou ficar aqui até descobrir o que quero fazer da vida."~

Eu não posso ficar para sempre. Eu não tenho muitas coisas. Apenas algumas malas e uma caixa de lembranças. Eu deixei a Holly ficar com a maioria das coisas do nosso apartamento.”

"Oh,” ela disse suavemente. "Bem, traga tudo o que você tem. Vou colocar o jantar na mesa.”

***

A vizinhança estava tranquila naquela noite. Era apenas o início da primavera e por isso não tinha nem grilos cantando. Não havia tráfego. Nunca teve em Donaldsonville, com sua população de apenas 4.500 pessoas.

Não havia nem mesmo um cachorro latindo. Eu estava em casa há apenas duas horas e já estava louco para ir embora. Mas eu não tinha para onde ir.

Eu tinha muito dinheiro no banco. Esse não era o problema. Só não sabia para onde queria ir. Definitivamente, não voltaria para Los Angeles. Dois anos morando lá foi o suficiente.

De trânsito, poluição e pessoas superficiais, eu estava farto. Eu preferia estar em algum lugar remoto tirando fotos da vida selvagem, não de garotas de biquíni com seios falsos.

Peguei uma cerveja, derrubando a garrafa enquanto observava um BMW estacionar na garagem ao lado. Assim que vi quem estava no banco do motorista, fiquei de pé e cruzei o gramado em dois segundos.

"E aí, cara!" Eu gritei, puxando o meu melhor amigo de infância para um abraço

Jackson Davis e eu crescemos juntos. Seus pais ainda moravam ao lado dos meus. Mantivemos contato por meio das redes sociais ao longo dos anos, mas não conseguia me lembrar da última vez em que havíamos nos encontrado.

Talvez uma ou duas vezes nos dois anos que estive em Los Angeles. Jackson era produtor de uma grande rede de televisão.

"É bom ver você, Nate,” ele disse. "A minha mãe me disse que você estava voltando para a cidade."

"Tenho certeza que ela te contou", eu ri. "O que você está fazendo aqui? Estou supondo que a sua vida não desmoronou.”

Ele se encostou em seu luxuoso carro alugado, me dando um sorriso simpático. "Não. Não desmoronou. Lamento muito sobre você e a Holly.”

Dei de ombros. "Não é nada demais. Queríamos coisas diferentes. Acontece."

Ele concordou. "Então, quais são seus planos agora?"

"Bem, vou tomar uma cerveja com um velho amigo agora”, falei.

"É um bom plano." Ele saiu do carro e me seguiu até a varanda. "Meus pais vão jantar com alguns amigos hoje à noite, então minha mãe não vai encher o meu saco se eu ficar aqui um pouco."

"Isso é bom", eu ri. "Eu não quero que você fique de castigo."

Peguei mais algumas cervejas e nos acomodamos na varanda.

"Então, quanto tempo você vai ficar em casa?" Eu perguntei.

"Só alguns dias. Vamos pegar a estrada em algumas semanas para as filmagens. Vou ficar fora por quatro meses.”

"Sério? Achei que você gravasse esses programas em um mês.”

Jackson era produtor de uma série de TV famosa chamada  Maratona de Aventura.  ~Duplas viajavam por todo o mundo em uma competição eliminatória, concorrendo a um prêmio de um milhão de dólares.~

Era um dos poucos programas de TV que eu assistia. Eu adoraria participar desse programa um dia. Mas a competição e o processo de seleção eram inacreditáveis.

"Normalmente nós gravamos", ele disse, colocando sua cerveja na mesa. "Mas esta é uma edição especial. Estamos tentando algo diferente.”

"Oh sim? Eu sei que você não pode me dar muitos detalhes, mas me conta alguma coisa. Você sabe o quanto eu amo o seu programa.”

"Posso te contar um monte de coisas se você assinar um contrato de sigilo”, ele disse, me olhando ansioso.

"O quê? Um acordo de sigilo?” Eu estava confuso. "Que porra é essa?"

"Na verdade, foi por isso que eu vim para casa esse fim de semana, Nate. Para te ver."

"Ok,” eu disse lentamente. "Não estou entendendo. Você veio até Michigan para me contar sobre seu novo programa?”

"Eu já volto." Ele correu até o carro e voltou com uma pasta.Eu o encarei, tentando decifrar sua expressão enquanto ele me entregava uma caneta e uma folha de papel em uma prancheta. Dei uma olhada no documento, rabisquei minha assinatura na parte inferior e devolvi para ele.

Ele o guardou em sua pasta antes de se virar para mim com a excitação brilhando em seus olhos. "Vamos fazer uma viagem pela América. Quatro meses. Os competidores tem que dirigir trailers de um estado para outro e completar desafios e gincanas.

Todas as noites, eles precisam chegar em um acampamento de trailers. A equipe que chegar primeiro, coleta o passaporte para aquele estado. O time que tiver mais estados no final, ganha quinhentos mil dólares. Não há eliminações. Todo mundo participa da corrida inteira.”

"Por que só quinhentos mil? Normalmente é um milhão.”

"Porque não é tão intenso. Os competidores não voam para qualquer lugar nem vão para um país estrangeiro. É mais uma aventura do que uma corrida. Uma mistura de corrida e reality show. E os vencedores de cada etapa recebem mil dólares.”

"Então, quinhentos? Imagino que isso seja dividido entre você e seu parceiro?”

"Bem, sim", ele riu.

"Então, por que você está aqui, Jackson? Duvido que você tenha voado até aqui só para me contar sobre seu novo programa.”

"Esse show é meu bebê, Nate. Tive a ideia e a apresentei aos chefões. E eles gostaram. Eles fizeram acontecer. Esse seria o momento decisivo na minha carreira.”

"Eu não entendo,” eu disse, estudando seu rosto no brilho da luz da varanda. "Há algum problema com o seu programa?”

Ele acenou com a cabeça e tomou um gole de sua cerveja. "Um grande problema de merda. Duas equipes desistiram.”

"Eu achava que você sempre tinha uma tonelada de alternativas caso isso acontecesse."

"Nós tínhamos. Mas só uma equipe pode participar do programa.”

"Como isso é possível? Achei que você sempre fizesse audições com milhares de pessoas”

"Não tínhamos tantas para essa edição. É um pouco diferente pedir às pessoas que deixem seus empregos e famílias por quatro meses em vez de um mês. E os requisitos restringem um pouco o número de concorrentes qualificados.”

"O que você quer dizer?"

"São apenas casais. E eles têm que ser recém-casados. Devem ser casados há menos de dois anos.”

"Oh meu Deus,” eu ri, balançando minha cabeça. "Você está fazendo  O jogo dos recém-casados.”

"Mais ou menos. De qualquer forma, se eu não encontrar outro time, o programa vai ser cancelado. E minha carreira estará acabada.”

"Por que eles não podem fazer com nove equipes?”

"Eu não sei. Eles não querem. Eles querem dez. E não posso voltar para Los Angeles até encontrar outro time.”

"Eu realmente sinto muito, cara. Eu gostaria que houvesse algo que eu pudesse fazer para te ajudar.”

"Você poderia participar do programa", ele disse, com um sorriso tímido em seus lábios.

"Eu não sou casado! Eu nem tenho namorada, Jackson.”

"Você tem um mês", disse ele balançando os ombros. "Você poderia se casar, participar do programa e anular o casamento depois.”

"O quê?!" Eu encarei meu amigo, esperando que ele abrisse um sorriso que me indicasse que ele estava brincando.

"Você sempre quis participar do meu programa. E pense no dinheiro que você pode ganhar.”

"E não seria um conflito de interesses, já que você é meu amigo?"

"Não. Sou um assistente de produção. Não tenho nenhum controle sobre o resultado da corrida. Meu chefe me disse para encontrar um casal. Ele não se importa quem sejam as pessoas, desde que tenham uma certidão de casamento e uma avaliação de saúde completa que diga que estão aptos física e mentalmente.”

"Eu realmente adoraria fazer isso, cara. Mas não posso arrumar uma esposa do nada.”

"Eu não teria tanta certeza disso", disse ele com um sorriso malicioso.

Eu segui seu olhar para a casa do outro lado da rua, assim que uma luz se acendeu em uma janela do andar de cima. Uma figura esguia apareceu, fechando as cortinas.

"De jeito nenhum,” eu ri.

"Por que não?"

"Eu  não  ~vou ~me ~casar com a Stella Crane."~

"Por que não? Ela é solteira. E, por acaso, sei que ela sempre teve uma queda por você. Ela definitivamente diria sim.”

"Você não sabe disso, Jackson."

"E nem você, a menos que pergunte."

Suspirei profundamente, passando meus dedos pelo meu cabelo enquanto olhava para a casa em frente à minha.

A Stella Crane morava do outro lado da rua desde que éramos crianças. Nossos pais foram melhores amigos de infância. A mãe da Stella morreu quando ela era bebê.

Seu pai se mudou para o outro lado da rua para que minha mãe pudesse tomar conta dela enquanto ele trabalhava. Minha mãe se tornou uma espécie de mãe substituta da Stella. O pai dela nunca se casou novamente. Eram apenas os dois.

A Stella era cinco anos mais nova que eu. Ela praticamente cresceu na minha casa até ter idade suficiente para ficar sozinha. Naquela época, eu era um adolescente.

Eu estava muito ocupado jogando futebol e hóquei para prestar atenção em uma menina nerd, pré-adolescente com acne, que olhava para mim como se eu fosse a última bolacha do pacote...

"Não falo com a Stella há anos. E você quer que eu vá lá e peça ela em casamento?" Eu balancei minha cabeça. "Você é louco, Jackson Davis."

"Talvez  você seja  ~louco, Nathaniel Miller. Estou oferecendo a oportunidade de fazer algo que você sempre quis fazer, com a chance de ganhar muito dinheiro. E você nem vai pensar nisso?”~

"Eu queria participar da versão normal da Maratona de Aventura. Não da versão recém-casados.”

"É pegar ou largar."

"Mesmo se eu estivesse realmente considerando isso, e eu não estou, a Stella Crane seria minha última escolha como parceira. Ela não é nada atlética.”

"Mas ela é inteligente. A Stella Crane é um gênio do caralho. Ela acabou de terminar o mestrado em negócios. Aos vinte e dois anos! O que falta em força, ela definitivamente compensa em cérebro. E você definitivamente precisa de alguma ajuda cerebral nessa corrida.”

"Por que eu sinto que você tinha planejado tudo?" Eu perguntei. "Você já tinha escolhido uma esposa para mim, né?"

"A minha carreira está em jogo, Nate.”

"Ela nunca vai concordar com isso. Nem em um milhão de anos."

"Você está dizendo sim?!”

"Eu faria qualquer coisa por você, Jackson. Você sabe disso. Mas não posso forçar a Stella a se casar comigo.”

"Deixe tudo comigo", ele disse, levantando-se da cadeira enquanto esfregava as palmas das mãos. "Eu posso ser muito convincente.”

Próximo capítulo
Classificado com 4.4 de 5 na App Store
82.5K Ratings
Galatea logo

Livros ilimitados, experiências imersivas.

Facebook do GalateaInstagram do GalateaTikTok do Galatea