Ameaça em Alta Velocidade - Capa do livro

Ameaça em Alta Velocidade

Simone Elise

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15
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18+

Summary

Everyone gets an upbringing. Everyone is taught the essentials of life by their parents, and sometimes the parents’ essentials of life aren’t always the best.

I learned to roll a cigarette before I was taught to tie my shoelaces. I suppose in most families this would’ve been considered odd, but in ours, it was normal.

My father, Jed Harrison, was president of the Satan’s Sons Mother Charter...

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Amar ou Morrer

ABBY

Todo mundo recebe uma educação.

Todo mundo aprende os fundamentos da vida pelos pais, e às vezes os fundamentos da vida dos pais nem sempre são os melhores.

Aprendi a enrolar um cigarro antes de ser ensinada a amarrar o cadarço.

Suponho que na maioria das famílias isso seria considerado estranho, mas na nossa, era normal.

Meu pai, Jed Harrison, era presidente da Sede do Moto Clube Satan’s Sons.

Ele era um homem duro e grosseiro que esteve ausente durante a maior parte da minha infância.

Minha irmã, Kim Harrison, era alta e loira, e naturalmente atraía olhares. Ela tinha a habilidade de chamar a atenção de qualquer homem e não precisava de esforço para mantê-los hipnotizados.

Ela também era minha irmã gêmea.

Tínhamos características semelhantes—alta, magra e loira, mas se você olhasse de perto, existiam diferenças perceptíveis. Para a maioria das pessoas, as diferenças eram muito pequenas.

O Moto Clube que chamávamos de lar estava localizado no sertão, em aproximadamente quatro hectares no topo de uma grande colina.

O clube não era tradicional.

A casa principal onde morávamos, a garagem e o bar eram cercados com arame farpado, o que passava uma mensagem clara...

Cai fora!

O bar tinha mesas de sinuca, TVs em todas as paredes e quartos no final do corredor para quando os casais não pudessem voltar para a casa principal.

Kim e eu aprendemos o código de irmandade e entendemos o mundo que para a maioria das pessoas era um mistério.

Sabíamos as diferenças entre as mulheres do clube e as "patroas".

Papai sempre dizia: "A patroa de um irmão sabe apenas o que ele diz a ela".

Nunca deveríamos interferir. Vimos muitas coisas, mas sempre ficamos de boca fechada.

Papai muitas vezes nos fazia ir para as corridas do clube—as que não eram perigosas. Ele levava nossa segurança a sério e não confiava em ninguém com isso.

Mamãe nos deixou, mas não foi por escolha própria.

O câncer de mama a levou quando Kim e eu ainda éramos pequenas, por volta de dez anos de idade.

Perdê-la não apenas doeu, mas nos destruiu.

Kim e eu já nos demos bem, no entanto, depois da morte de mamãe, não conseguíamos ficar no mesmo cômodo sem querer matar uma à outra.

Papai deu o melhor de si, mas não nasceu para ser pai e, na verdade, ele nunca quis ser um.

Ele deveria ser a figura paterna distante que aparecia de vez em quando, nos dizia que nos amava e partia de novo, mas ele teve de cuidar de nós em tempo integral, e isso realmente foi uma bomba em sua ideia de paternidade.

Então, nós crescemos no clube. Não é o melhor dos lugares para criar duas garotas em desenvolvimento, mas os meninos nos colocaram sob suas asas também, e nunca nos fizeram mal.

Minhas melhores memórias são as de motociclistas—criminosos e tatuados.

Kim se dedicou às compras, ao flerte e à maquiagem. Eu me dediquei à arte e ao estudo, e me afastei o máximo que pude das pessoas.

Kim amava o ensino médio; eu odiava.

Papai, ou "Roach" como era conhecido no clube, não se importava com o que fazíamos, contanto que fôssemos felizes, e acho que à nossa maneira distorcida, nós éramos.

Kim era feliz roubando cigarros das jaquetas dos motociclistas e saindo escondido com garotos. Eu era feliz desenhando no meu quarto.

Os anos passaram lentamente e, em pouco tempo, eu fiz dezesseis anos; ou devo dizer, nós fizemos dezesseis anos.

Meus interesses continuaram os mesmos: eu desenhava e ia para a escola.

Tirando os palavrões e as brigas ocasionais, eu era uma aluna exemplar e a filha que não fazia a cabeça de papai explodir a cada cinco minutos, ao contrário de minha irmã.

O interesse de Kim por garotos havia desaparecido. No começo eu achava que era porque ela já tinha fodido com todos eles.

Mas o verdadeiro motivo era que ela tinha uma queda pelo vice-presidente de papai, Trigger.

Meu pai estava cego para a atração escancarada de Kim por Trigger, mas o resto do mundo não; pelo menos, eu não estava.

Toda vez que eu olhava para cima, parecia que um deles estava lançando olhares sugestivos para o outro.

Eu não sabia o que Kim via nele, muito menos o porquê de ela querer ir tão longe com isso—onde tantas outras mulheres já foram antes.

Ele era um homem, ela era apenas uma menina, mas esses fatores não pareciam impedir nenhum dos dois.

Trigger era o motociclista estereotipado. Quando ele não estava olhando para minha irmã, estava dando uma surra em alguém ou mexendo em sua Harley.

Ele era extremamente alto, tinha músculos enormes, e carregava um olhar de quem estava puto o tempo todo.

Papai disse que Trigger era o melhor vice-presidente que ele poderia ter pedido. Ele era alguém que não se importava em "sujar as mãos".

Particularmente, eu tinha muito medo dele, e fazia de tudo para evitá-lo.

Ser criada em um moto clube significava duas coisas—eu sabia o que era sexo antes de qualquer outra criança da minha idade, e seria bartender assim que pudesse segurar um copo e servir uma bebida sem derramar.

O que me levou a este ponto da minha vida: servir motociclistas bêbados e mal educados atrás de um bar enquanto Kim se sentava em um canto e observava Trigger com um olhar que dizia "me foda".

***

Servi Gitz—que na verdade se chama Brad—outra dose forte.

Ele, ao contrário de todo mundo, não estava curtindo a festa animada que papai estava dando para uma gangue visitante.

Ele não saía de perto do bar e também não parava de empurrar o copo vazio de volta para mim.

Gitz tinha vinte e poucos anos; ele usava muitos palavrões e dormia com muitas mulheres do clube, mas uma chamada Lilly sempre teve sua atenção.

Ela foi embora na semana passada—ainda que Gitz tivesse votado contra, papai permitiu que ela saísse do clube após sete anos de serviço.

As mulheres do clube são propriedade dele e, como os motociclistas, passam por um juramento.

No entanto, ao contrário dos motociclistas, elas não são respeitadas e geralmente são chamadas de "vagabundas do clube".

Imaginei que era por isso que Gitz estava bebendo tanto e ignorando a festa ao seu redor.

Ele não iria admitir em voz alta, mas gostava de Lilly, e foi seu orgulho estúpido que o impediu de torná-la sua patroa.

Pelo que Lilly me contou, esse foi parte do motivo pelo qual ela saiu.

"Abby, querida!" Papai bateu com a cerveja no balcão, com o rosto vermelho e corado de empolgação. "Precisa de uma pausa, meu bem?"

Me tornar bartender não era realmente meu objetivo de vida, mas não lutei contra isso.

"Não, pai, estou bem." Eu abri um sorriso para ele, enchi o copo de Gitz e, em seguida, tirei algumas cervejas da geladeira.

"Faça uma pausa, querida; você tem enchido o copo de Gitz o dia todo." Papai acenou com a mão bêbado para eu sair.

Sem querer entrar em uma discussão, saí do caminho e deixei outro cara, Tom, assumir.

"Acho que vou tomar um ar então."

Eu dei um tapinha no ombro de papai e passei por ele. Quando papai bebia, seu exterior duro lentamente se suavizava.

Era um dos raros momentos em que me lembrava do meu pai de infância. Não o "Roach" que todos conheciam.

Abri caminho através da multidão até empurrar a porta dos fundos e saí para o ar fresco.

O beco mal iluminado ficava centrado entre o bar e a casa principal.

Era onde ficavam as latas de lixo, e não era a porta mais usada, mas foi minha fuga rápida.

Eu estava subindo o beco em direção à casa quando ouvi a porta dos fundos se abrir atrás de mim e alguém sair.

Eu me virei. Ninguém mais usava aquela porta, e eu congelei quando meus olhos pousaram nos dele completamente embriagados.

Meu sangue gelou e eu soube instantaneamente que estava fodida .

REAPER

Um homem bêbado tem uma alma feliz.

Meu pai me criou para acreditar nisso, e lá estava eu, aos vinte anos de idade, cambaleando para fora da porta dos fundos do clube.

O Moto Clube sabe como dar uma festa de boas-vindas.

Eu estava encostado em uma lata de lixo, tentando muito conter o álcool, quando ouvi um grito.

Olhando ao redor do território escuro, não consegui ver nada fora do lugar.

Então, ouvi o grito mais uma vez, seguido por uma conversa abafada.

A batida da música do clube e o barulho alto de homens bêbados abafaram os sons, e eu não podia ter certeza se era minha mente imaginando coisas.

Colocando uma mão na parede, eu segui o som até que a vi...

Gritando e batendo seus punhos minúsculos contra os ombros de um homem enquanto ele agarrava seus quadris.

Pisquei para afastar o borrão que dominava minha visão por conta da bebida, lutando para não desmaiar.

"Eu não sou Kim!" ela gritava, frenética, enquanto batia nele.

Quanto mais ela se movia, mais ela ficava presa.

Ele a prendeu contra a parede, esfregando-se contra ela.

Ele não estava interessado no que ela estava dizendo, e eu sabia que havia apenas uma coisa passando por sua mente.

Dei um passo para trás e pensei em me afastar completamente—não era minha função ficar no caminho.

Mas eu me encontrei indo em direção a eles.

"Me solta, Trigger!" ela gritou. O terror e o pânico em sua voz revestiam cada palavra.

"Ei!" Gritei no beco e sabia que ele tinha me ouvido, mas sendo o idiota bêbado que era, me ignorou. "Você ouviu o que ela disse. Saia de cima dela!"

Trigger tinha esse nome porque era sempre o primeiro a puxar o maldito gatilho. Ele era um completo idiota, e nós já brigamos várias vezes.

"Cai fora, Reaper. Isso é entre eu e minha namorada." A raiva se espalhou pelo rosto de Trigger enquanto ele disparava as palavras para mim.

Embora o código de irmandade fosse nunca atrapalhar a foda de outro irmão, dei um passo à frente, chegando mais perto dele, como um aviso.

Eu estava prestes a mostrar o porquê me chamavam de Reaper , o Ceifador.

"Ela não está no clima. Agora dê o fora."

Manter meu temperamento sob controle não era meu forte, e o álcool aumentou minha raiva mais ainda.

Eu olhei para a garota; ela estava apavorada, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

"Eu não sou a porra da Kim," ela gritou na cara dele, e o empurrou de novo com toda sua força, mas nem mesmo o moveu.

Ela era fraca, pequena e, depois de dar uma segunda olhada, ficou claro que ela também era nova.

Eu já avisei; ele não ouviu.

Deixando meu temperamento tomar conta, avancei e o agarrei pela nuca.

"Você não me ouviu, porra?" Eu disse. "Saia de cima dela!"

Eu o joguei para trás, arrancando suas mãos sujas dela.

Ele estava furioso. Quase pude ver o vapor saindo de suas orelhas.

Eu o desafiei com meus olhos, querendo que ele viesse para cima de mim. Nada como uma briga por uma mulher—embora, neste caso, possa ter sido uma garota.

"Tanto faz." Ele olhou para ela, com os olhos queimando de raiva. "Eu vou te foder mais tarde, Kim."

Eu o observei cambalear, como o vice-presidente de bosta que ele era. Eu nunca poderia acreditar que o Presidente realmente respeitava aquele merdinha.

Eu me virei para olhar para ela.

Sua respiração estava pesada quando ela se encostou na parede.

Seus olhos encontraram os meus, e foi isso; ela entrou em colapso.

Suas lágrimas escorriam mais rápido sem parar.

Eu odiava mulheres chorando mais do que odiava a porra da lei, mas não a deixei.

"Fique calma, meu bem. Ele já foi." Eu coloquei minha mão em seu ombro, me abaixando para olhar em seus olhos embaçados.

Eu não sabia o que diabos estava fazendo. Eu fiquei lá, parecendo mais um novato a cada segundo que passava.

Seus soluços logo se tornaram histeria, fazendo com que sua respiração acelerasse.

Puta merda. O que eu faço?

Eu gostaria de ter prestado mais atenção à porra do Dr. Phil, ou algum outro programa de TV diurno de merda.

Afastei o cabelo loiro de seu rosto liso e pálido.

Nunca tinha visto ninguém chorar tanto quanto ela.

"Fique calma, meu bem." Eu acariciei seu ombro, parado na frente dela sem jeito.

Eu estava tão longe do meu território; eu deveria apenas ter ficado na porra da lata de lixo.

Ela encostou a cabeça no meu peito e eu passei meus braços em volta dela, enquanto ela continuava a chorar, logo encharcando minha camiseta com lágrimas.

Meu batimento cardíaco disparou.

Esta jovem confiou em mim o suficiente para me deixar tocá-la. Ela nem me conhecia, mas ela estava se agarrando a mim como se não houvesse o amanhã.

Seu pequeno corpo se curvou em meu peito perfeitamente. Eu mantive meus braços em volta dela, sentindo como se a estivesse protegendo de todo o maldito mundo.

"Eu... ele...," ela gaguejou em meu peito. "Se você não tivesse aparecido..." Ela afastou a cabeça do meu peito e olhou para mim. "Obrigada."

Eu encarei seus olhos azuis cristalinos, que eram emoldurados por círculos vermelhos e inchados.

"Obrigada, Kade."

Lágrimas grossas deslizaram por suas bochechas, mas ela manteve os olhos fixos nos meus.

"Você me conhece?" Eu teria me lembrado de tê-la conhecido porque ela tinha um rosto e um corpo que qualquer homem jamais esqueceria.

"Você é o vice-presidente do Moto Clube Ocidental Satan’s Sons." Ela engoliu em seco. "Todo mundo conhece você."

"Nem todo mundo, querida."

Meus lábios se contorceram em um sorriso malicioso, e não pude evitar de enxugar os olhos dela com as costas da manga.

"Você está bem agora?"

Ela assentiu. "Acho que sim."

Seus longos cílios tremularam para mim.

"Obrigada, Kade. Eu te devo uma."

Eu poderia contar com uma mão quantas pessoas me chamavam de Kade: minha mãe, meu pai, meu irmão, meu presidente quando ele estava puto e essa doce menina.

Fui chamado de "Reaper" antes mesmo de assumir o cargo de vice-presidente, porque eliminava o peso morto do mundo.

"Você quer que eu te leve para casa?" Perguntei à garota, observando enquanto ela enxugava as lágrimas.

Embora pensando melhor sobre isso, eu estava longe de estar em um estado adequado para dirigir qualquer veículo motorizado.

Como uma menina tão doce veio parar aqui, eu não sabia, mas esperava que isso a ensinasse a ficar bem longe de lugares como este e das pessoas que moram neles.

"Não." Ela balançou a cabeça. "Eu moro aqui."

No clube dos Satan’s Sons?

Eu olhei para ela de cima a baixo novamente.

Ela parecia muito jovem para ser uma prostituta do clube ou, como alguns se referem a elas, propriedade do clube.

Ela também não parecia uma.

Ela não parecia o tipo de garota que deveria estar em um clube cheio de motociclistas imundos.

Ela era o tipo de garota com quem um cara como eu nunca teria uma chance.

"Quantos anos você tem?" Eu perguntei a ela. Eu sentia minha curiosidade crescer cada vez que olhava para aqueles olhos azuis cristalinos.

"Dezesseis." Seus olhos se encontraram com os meus. "Por quê?"

Se você fosse maior de idade, menina... Malditos deuses por criarem tal tentação.

"É um pouco nova para ficar por aqui, não é?"

Coloquei meu braço na parede. Seus olhos não desviaram dos meus nenhuma vez.

Aposto que ela ainda nem sabe o quão poderosas são aquelas joias azuis em seu rosto.

"Como eu disse, eu moro aqui." Ela fechou os olhos brevemente e então olhou para o chão. "Posso te pedir uma coisa?"

Ela poderia ter me pedido qualquer coisa naquele momento, e eu teria feito.

Que merda está acontecendo comigo?

Eu não podia acreditar na quantidade de poder que ela de repente exerceu sobre mim. Mas ela tinha o tipo de beleza pela qual vale a pena ir à guerra.

Eu só podia imaginar como sua aparência seria à luz do sol.

Eu tinha certeza de que essas sombras escuras e o céu noturno estavam escondendo a maior parte de sua beleza de mim.

"Claro, querida, pergunte à vontade."

"Não diga ao meu pai." Ela colocou a mão no meu peito. "Ele adora o Trigger. Kim é uma idiota de merda."

Quem diabos é Kim?

Ou melhor, quem diabos é o pai dela?

Eu estava prestes a fazer as duas perguntas a ela, mas parei quando alguém chamou meu nome.

"REAPER!" Banger gritou, arrastando sua bunda bêbada até dobrar a esquina.

Rapidamente bloqueei a menina da vista de Banger. "O que foi?" Gritei para ele.

"O Presidente quer falar com você."

Ele tomou um longo gole de sua cerveja e jogou a garrafa de lado.

Eu olhei de volta para a garota, mas ela não estava olhando para mim; ela olhava para o chão.

A camiseta preta do Metallica agarrada ao seu corpo tinha subido, expondo a pele macia de sua barriga.

"Você ficará bem sozinha?" Eu perguntei. Eu realmente não queria deixá-la, e isso me incomodou.

Por que diabos eu me importava se essa garota estava bem ou não?

Eu já fui um cavalheiro—meu dever com ela havia acabado.

Mas mesmo assim não me mexi.

"Sim." Seu cabelo loiro caiu para o lado quando ela olhou para mim. "Eu vou ficar bem."

Eu não acreditei nela, mas Banger gritou para eu me apressar.

Eu assenti lamentando e comecei a caminhar de volta para o bar.

"Queria que você não tivesse que ir tão cedo," eu a ouvi sussurrar atrás de mim.

Suas palavras me fizeram parar. Eu olhei para ela.

"Sim... e eu queria que você fosse maior de idade."

"O proibido é sempre mais gostoso." Os cantos de seus lábios se curvaram para cima e, pela primeira vez, eu a vi sorrir.

Eu soube naquele momento que era algo que eu jamais esqueceria, e eu queria me dar um soco por admitir isso.

Eu concordei, lançando um sorriso antes de caminhar até o beco para encontrar Banger, que reclamava da minha demora.

Eu não olhei para trás, mas eu queria.

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