Jogo de Sedução - Capa do livro

Jogo de Sedução

Jescie Hall

Capítulo 2

TOREN

Eu nem queria sair hoje à noite, mas aqui estava eu de novo, no clube, com os amigos, fazendo a mesma coisa de todo fim de semana. Eu tenho que admitir que eu estava começando a enjoar disso.

Tinha alguma coisa faltando. Eu não estava obtendo o mesmo efeito que costumava ter antes e isso me incomodava.

Eu tinha sido bem sucedido na minha vida pessoal, porque a minha verdadeira paixão é trabalhar no ramo imobiliário. Eu possuía inúmeras propriedades e negócios que toquei sozinho.

Eu tinha todo o dinheiro do mundo que um solteiro de vinte e oito anos poderia querer, mas não era suficiente.

"Toren, cara, dê uma olhada nela." Meu melhor amigo, Tyler, me cutuca, apontando para uma garota.

"Quem, a Addison? Eu já comi ela, cara." Eu balanço a minha cabeça.

"Nossa, cara, quem você não fodeu nesse lugar?" Ele ri.

"Boa pergunta..." Olho ao redor da boate.

"Isso é ridículo cara, eu não consigo nem encontrar uma gata com a raba gostosa sem saber que serei vice-campeão da melhor noite de suas vidas, seu idiota."

"Não vem com essa. Você tem a Vivian de qualquer maneira, o que você está fazendo aqui perseguindo essas vadias?"

"Nada, a Viv não me quer... ela já tá de saco cheio das minhas desculpas, e eu não a culpo", ele responde, tomando um gole da bebida, escondendo um pouco da tristeza em seus olhos que apenas um amigo de infância poderia detectar .

"Você vai ligar para ela mais tarde. Você sempre liga." Eu sorrio para ele, socando o seu braço, fazendo-o lançar um olhar desagradável para mim.

Eu caminho ao redor do bar, deixando o resto dos caras na nossa mesa VIP, quando vejo a minha antiga crush, Candice, se aproximando de mim.

"Ei, sumido", diz ela sedutoramente, jogando o braço em volta da minha cintura.

"Candice", eu respondo claramente.

"Bem, eu não saí de casa em vão. O que você vai fazer depois que sair daqui?" ela pergunta, mostrando seus seios falsos com um pouco de trepidação.

Vamos ser honestos, ela é uma mulher atraente, magrinha, de cabelos loiros compridos, sorriso perfeito, mas tem uma personalidade bem carente.

Além disso, o fato de que ela estava sempre à minha disposição... eu podia literalmente sempre chamá-la para fazer o que eu quisesse.

"Ainda não sei, depende", respondo.

"De quê? Se você achar algo melhor?" Ela revira os olhos enquanto eu rio. "Deixa eu te dizer, você vai ficar esperando a noite toda, baby." Ela pisca para mim e vejo o Tyler se aproximando.

"Mano, vamos, shots... agora!" ele grita para mim enquanto eu aceno de volta para ele.

"Você sabe onde me encontrar", ela sussurra, arrastando um dedo lentamente pelo meu peito, e em seguida, vai embora.

Voltando para a mesa VIP, todos os nove garotos têm seus copinhos de shot levantados no ar.

"Por uma boa boceta!" Barron grita.

"Por uma boa boceta!" o resto da tripulação grita coletivamente, me fazendo rir.

Eu tomo a dose facilmente, então continuo bebendo o meu Jameson, olhando para a multidão, quando vejo uma comoção perto da pista de dança.

Essa garota de cabelo castanho escuro, com aparência mediana na melhor das hipóteses, tem o dedo no peito de um cara, empurrando-o para trás enquanto obviamente grita com raiva, enquanto ele recua com as mãos levantadas.

Enquanto ele se afasta derrotado, seus olhos se cruzam com os meus. Fazendo uma cara rude para mim, ela revira os olhos e se vira, indo conversar com os seus amigos.

O que diabos está acontecendo com ela?

Mais garotas entram em nossa seção VIP, tentando arranjar um marido rico pra subir de vida. A mesma história de sempre.

Sentindo os efeitos do álcool depois de mais alguns drinques e doses por uma "boa boceta", percebo que preciso mijar. Caminho em direção ao banheiro e viro a esquina apenas para dar de cara com uma pessoa em particular.

A Senhora Sem Graça, aquela vadia arrogante. Nós trombamos um no outro, eu agarro ela, para não deixá-la cair.

"Que porra é essa?" ela grita, me empurrando para longe dela.

"Jesus, desculpe!" Eu digo, dando-lhe um olhar de surpresa e preocupação.

Ela me olha de cima a baixo com um olhar de desgosto. Devo dizer que não estou acostumado com mulheres me olhando assim, é estranho.

"Olha para onde você está indo, idiota." Ela zomba.

"Quer uma dica? Deixa de ser estúpida," eu retruco descaradamente para ela, olhando suas pernas. Ela tem ótimas pernas e uma bunda ainda melhor, que eu não tinha notado de longe.

"Nem nos seus sonhos, menino bonito." Ela faz uma careta, virando-se para voltar para os seus amigos.

Rejeição... também não é algo que eu estou acostumado.

Eu a vejo pular de volta para o seu grupo de amigos, uma garota bonita e um cara, me perguntando por que diabos ela já está me irritando.

Nesse momento, as luzes se acendem, o DJ anuncia a última chamada enquanto uma multidão começa a se dirigir para a porta.

"VAMOS PRO SEU APARTAMENTO!" Tyler grita e todos concordam.

"Ah, cara, sério? De novo?" Eu pergunto a ele com um gemido audível.

"É isso aí! Você viu as garotas que estão vindo com a gente?!" ele insulta, olhando para as mulheres todas amontoadas, esperando por nós.

"Porra, tudo bem... pede um táxi, eu te encontro lá", eu digo, relutantemente entregando a ele a minha chave.

Outro after no meu apartamento de solteirão. Eu moro no Upper East Side de Nova York, em um dos apartamentos altos, mais caros.

As mulheres sempre ficavam muito impressionadas, então os meus amigos adorava ir para lá depois do bar. Era quase uma garantia de que eles transariam.

"Tudo bem, mano, vejo você em breve", diz ele enquanto nos sacudimos e ele entra no carro com três mulheres seminuas.

Suspirando para mim mesmo, passo os meus dedos pelo cabelo. Eu só precisava tirar um minuto para mim antes de ir até lá com eles. Vai ser tudo igual sempre. Esse estilo de vida estava começando a me entediar.

Ter tudo o que você quer na palma da mão o tempo todo às vezes faz as coisas perderem a emoção, as vantagens.

Eu estou do lado de fora da boate, quando à minha esquerda vem a Senhora Sem Graça e os amigos, rindo histericamente de alguma coisa.

Como se ela pudesse sentir a minha presença, ela imediatamente para de rir e olha para mim, abaixando as sobrancelhas e apertando os olhos. Seu ódio por mim é palpável.

"Tchau! Até amanhã!" um dos caras diz enquanto ele e seu outro amigo entram em um táxi juntos.

Ela sorri, acenando para eles enquanto se despedem.

Droga, ela tem um ótimo sorriso.

Como se ela pudesse ouvir os meus pensamentos, ela lentamente olha de volta para mim, com uma carranca profunda. Cruza os braços sobre o peito, esperando por outro táxi, e nos olhamos por um momento.

É uma sensação tão estranha. Ela não me conhece, mas ela me odeia.

Só então, a Candice aparece com alguns de seus amigos claramente embriagados a reboque.

"Ei querido, você está esperando por mim?" ela pergunta, enquanto vem por trás, serpenteando os braços em volta da minha cintura.

Não posso deixar de notar a Senhora Sem Graça revirando os olhos para mim.

"Estamos indo para a sua casa? Ou para outro bar?" ela pergunta, enquanto eu puxo seus braços de mim, fazendo-a franzir a testa.

"Sim, quero dizer, o resto da galera já está a caminho...", eu respondo com relutância, suspirando.

"Perfeito! Nos encontramos lá," ela grita imediatamente, claramente sem captar a minha frustração.

Ela arrasta as amigas enquanto elas abrem caminho até o meio-fio, pegando o próximo táxi que estaciona.

A Senhora Sem Graça parece chateada, já que essas mulheres obviamente roubaram o táxi dela. Ela fica com a boca aberta em desgosto, balançando a cabeça.

Aparentemente ela decide andar, e começa a descer a rua com a sua meia-calça na altura do joelho e coturno preto, furiosamente pisando nas ruas de Nova York.

"Ei!" Eu grito, correndo para alcançá-la.

Agarrando-a pelo braço, tento detê-la quando ela joga a bolsa na minha cabeça, atingindo o meu rosto.

"Porra!" Eu grito, agarrando a minha bochecha que agora está queimando. "Você tem pedras aí!?"

"Desculpe." Ela ri, tentando não rir da minha dor, que ela obviamente acha engraçada.

"Apenas espere aí. Eu te chamo um táxi," eu digo com um tom severo.

Por mais louco que eu esteja, ela me bateu, ainda me sinto mal. Não quero que ela ande pelas ruas à noite vestida do jeito que está, parecendo tão bêbada.

Mas, na real, ela é um pouco mais assustadora do que a maioria dos bandidos nas ruas. Meu palpite é que ela poderia enfrentar qualquer um.

"Aff, eu realmente não preciso da sua ajuda", ela responde, com desgosto.

"Você poderia simplesmente calar a boca?"

Eu estou de saco cheio. Só estou tentando ajudá-la a chegar em casa, nada mais. Eu sinalizo para outro táxi e a ajudo a entrar no carro. Como ela está dizendo ao motorista para onde ir, eu subo no outro lado.

"Hum, o que você está fazendo!?" ela pergunta, irritada.

"Ouça, eu tenho lugares para ir também, sabe? Jesus."

Digo ao motorista o meu endereço, sentando no banco e ajustando as minhas calças.

"Surpresa, surpresa... o menino bonito mora em um palácio." Ela revira os olhos para mim, mais uma vez.

"Quer ser a minha rainha?" Eu levanto as minhas sobrancelhas, de brincadeira, para ela.

"Aff, essa cantada de merda realmente funciona?" Ela balança a cabeça para mim, me fazendo rir.

"Não preciso de muito", eu digo, piscando para ela.

"Credo, vocês são todos iguais. Arrogantes, insuportáveis, idiotas." Ela geme, olhando pela janela.

"Então, por que você não conseguiu tirar os olhos de mim essa noite?" Eu sussurro para ela.

Ela lentamente olha de volta para mim, suavizando a postura um pouco.

"Do mesmo jeito que você não consegue tirar os olhos de mim agora", eu digo enquanto ela olha para os meus lábios, lambendo os seus, então aparentemente faz uma pausa para pensar.

Jesus, eu não achei que isso realmente funcionaria com ela.

Para a minha surpresa, ela se vira para mim, encostando os seus lábios nos meus. Sua língua suavemente separa a minha boca enquanto exploramos um ao outro, na presença do nosso motorista de táxi malcheiroso.

Ela tem gosto de baunilha doce, e eu já posso dizer que o sexo vai ser tudo menos doce, especialmente com o jeito que ela está moendo o seu corpo contra mim.

Seus lábios são como travesseiros de seda que já me fazem imaginá-los ao redor do meu pau.

Ela solta um gemido suave que me faz ter pensamentos ainda mais sujos, enquanto eu me separo dela, nós dois sem fôlego.

"Para o Hotel Four Seasons, por favor", eu grito para o motorista do táxi, sem tirar os olhos dessa criatura misteriosa na minha frente.

Seus olhos selvagens estão me dando tudo que eu preciso agora. Excitação, luxúria, um novo desafio.

O motorista ri e faz uma curva.

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