Ardor Implacável - Capa do livro

Ardor Implacável

Megan Blake

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Chapter
15
Age Rating
18+

Summary

Olivia is a rare thing in the werewolf world: a packless omega. She enjoys her simple life hiding among the humans, pretending she’s just a normal woman with no primal urges she has to constantly fight. Things are working out great until she agrees to cover her friend’s shift at the hospital and comes face-to-face with a wounded—and incredibly hot—alpha who turns her insides to jelly.

Age Rating: 18+

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Capítulo Um

OLIVIA

"Liv! Você pode pegar mais gazes antes do seu intervalo?"

"Já estou indo."

Enquanto Olivia se afastava da cama, ela tira seu prendedor, o cabelo preto caindo em cascata sobre os ombros.

O último paciente bêbado que chegou ao pronto-socorro foi difícil de controlar. Mantê-lo deitado por tempo suficiente para sedá-lo a fazia sentir que tinha passado por um espremedor.

Ela correu os dedos pelo cabelo escuro antes de prendê-lo novamente em um rabo de cavalo apertado. Era quase impossível conseguir uma folga quando você cobria o turno noturno do pronto-socorro.

Mas, honestamente, ela não sabia por quanto tempo mais ela poderia continuar sem se afastar. Esta não estava sendo uma noite boa.

Ela estava no cio.

Sua pele estava pegajosa, seus nervos estavam à flor da pele e tudo a afetava da maneira errada. Ela odiava a fraqueza que isso trazia, o quão carente isso a tornava.

O cheiro de sangue.

Os bêbados flertando um pouco demais...

Isso estava afetando ela. Pelo menos todo mundo era  humano  ~.~

Ela pressionou o dedo indicador entre os olhos e esfregou a pele para aliviar a dor de cabeça.

Pensar direito não era mais viável.

Gaze e depois um pouco de ar fresco.  Ela poderia fazer isso  ~. Ela poderia aguentar a noite. Então ela iria para casa e cuidaria dos desejos que a atormentaram a noite toda. Sozinha.~

Como ela costumava fazer durante esses tempos. Era mais seguro.

Havia apenas  uma  ~pessoa de quem ela buscava conforto - no resto do tempo, ela superava tudo sozinha.~

Não era natural para ela procurar outro lobisomem; ela não era como a maioria deles. Olivia não nasceu assim. Ela  tornou-se  ~um lobisomem.~

Felizmente, seus encontros com outros membros de sua nova espécie eram raros.

Às vezes, na rua, ela cheirava-os, seu corpo ficava tenso e ela sabia o que fazer na hora: correr pra caralho.

Ela sempre seguiu esse conselho. Claro, esta noite era um pouco mais perigosa.

Mas - ela nunca tinha visto um lobisomem nessa parte da cidade e ela sabia que ninguém no trabalho era um.

Ela estava segura~. Estava quase acabando. ~

Olivia voltou a concentrar sua atenção em sua tarefa, destrancando o armário de metal azul com a chave pendurada em seu crachá de identificação.

Ela pegou tantos pacotes de gaze quanto suas mãos permitiram e pressionou-os contra o peito.

Ela trancou o armário com uma mão e se virou, pressionando as costas contra a porta da sala de observação de pacientes nas proximidades. Então ela percebeu.

Um alfa.

Ela nunca tinha cheirado um antes e mesmo assim—  seu corpo o reconheceu~.~

No segundo em que o cheiro alcançou seu nariz, ela endureceu. Ela podia ver a equipe, os pacientes, os visitantes enquanto eles passavam por ela, mas se sentia em outra dimensão.

Ela, no entanto, ficou em pé ali, agarrada às gazes, congelada no lugar.

O cheiro dele era a única coisa que ela podia cheirar. Isso embaçou sua mente, seu corpo aquecendo enquanto ela cravava os dentes em seu lábio inferior.

Não. Não era possível.

Seu coração bateu mais rápido, lutando contra o peito. Ela teria percebido. No segundo em que ele entrasse...Será que ele já estava lá?

Ela esteve ocupada...cuidando de pacientes no pronto-socorro, correndo para conseguir alguns suprimentos muito necessários.

Ela poderia ter deixado isso passar?

Ela fez questão de sempre ter cuidado. Lado humano primeiro, instinto depois.

No entanto, aquele cheiro almiscarado no ar a chamava.

Era por isso que ela nunca trabalhava durante seu cio - isso a tornava propensa a decisões estúpidas. Como esta. Havia apenas um lobo que esteve ao redor dela enquanto seu cio a atormentava.

Apenas um. Seu autocontrole tinha sido fraco, para dizer o mínimo.

Ele a avisou. Ele disse a ela.  Fique em casa  ~.~

Sua melhor amiga havia pedido um favor e ela atendeu. Sua amiga já fez muito por ela. Como ela poderia recusar este único favor?

Além disso, os lobisomens raramente vinham para a sala de emergência. O que poderia acontecer no espaço de doze horas?

Isso, Olivia. Isso pode acontecer  ~.~

Ela tentou engolir, sua boca parecia uma pasta quando ela estalou o lábio, desesperada por umidade - diferente daquela que deixava sua calcinha úmida.

Ela sentia sua umidade vazando, manchando sua calcinha.

Ele estava na sala ao lado dela; ela poderia dizer. Ela sentia o cheiro de sangue e o cheiro dele, e isso era tudo em que ela conseguia se concentrar. Seu coração trovejou em seu peito como um tambor enquanto suas narinas se contraiam.

Ele chegou mais perto. Muito perto.

E então…

Tudo aconteceu tão rápido - rápido demais para ela registrar.

Antes de sua próxima respiração, algo a bateu contra a porta, o movimento forte fechando-a ao mesmo tempo.

Na próxima vez que ela piscou, havia mãos sobre ela - em todos os lugares. Mãos grandes percorreram sua barriga e deslizaram para cima até que cobriram seus seios através do tecido azul de seu uniforme.

Ela prendeu a respiração, a cabeça inclinada para trás quando ela se atreveu a abrir os olhos. Lá estava ele. Na frente dela, seu corpo imponente cobria o seu muito menor, sua altura fazendo com que ele se elevasse sobre ela. Ele a prendeu.

Os olhos azuis escureceram quando ele olhou para o rosto dela.

O rastro de seu olhar pelo seu corpo incendiou sua pele, e de repente até o ar que ela respirava estava  quente  ~. Ela estava respirando-o, mas ele a sufocava ao mesmo tempo.~

Como morrer e viver ao mesmo tempo.

Suas mãos bateram na porta atrás dela, seus braços formando uma barreira em cada lado de seu corpo, prendendo-a.

Seu lábio inferior tremeu quando ela abriu a boca, querendo falar, mas incapaz de encontrar sua voz.

Ela havia perdido um pouco o controle e suas inibições durante seu primeiro cio - ninguém para explicar a ela o que esperar, o que iria tomar conta dela. Ela havia perdido a virgindade com outro vira-lata, seu amigo.

Seu conhecimento limitado de sua própria espécie a levava a ser grata por seu status de sem matilha, mas às vezes isso significava que ela não sabia de nada. Desde então, ela aprendeu a se controlar, a estabelecer um ambiente seguro.

Às vezes, a dor se tornava muito - insuportável - e ela cedia.

Era como uma coceira que precisava ser coçada.

Uma necessidade passageira.

Mas isso?

Seu corpo estava em chamas.

A única solução para matar sua sede era  ele  ~. Mais de seu ~ toque ~ ~.

O pensamento de implorar cruzou sua mente.

O que diabos havia de errado comigo? Oh Deus  ~.~

Ela sentiu o nariz dele pressionado contra a coluna de sua garganta, deixando-a sem fôlego.

Seu cabelo preto na altura dos ombros fez cócegas em sua pele enquanto os lábios dele percorriam seu pescoço, e ela fechou os olhos, inalando profundamente.

Um cheiro almiscarado e terroso - como uma fogueira em uma noite fria - estava agarrado a ele e fez seu interior se contrair.

Ela mordeu o lábio, esperando seu próximo movimento. A vibração em seu estômago vazio cresceu quando sua boca encontrou seu ouvido.

Ele mordiscou, dentes afiados roçaram contra o lóbulo da orelha antes que ele puxasse.

Uma lufada de ar quente fez cócegas nela enquanto ele ofegava.

Dedos ásperos e calosos afastaram a mecha escura de seu cabelo que grudava em sua pele pegajosa e úmida. Eles mergulharam em seu couro cabeludo.

Este homem não havia pronunciado uma única palavra para ela, e suas pernas estavam tremendo.

Seu cheiro carregava sua dominância e havia uma pressão inexplicável no peito dela vindo de sua necessidade dele de controle.

Ela tinha ouvido falar sobre alfas, mas nunca poderia ter imaginado que era assim estar perto de um.

Não deveria ser ...  ~Ela tinha ouvido muitas coisas, mas...~

Ninguém disse a ela que era estonteante, ninguém disse a ela que um toque de um dedo dele faria sua calcinha ficar ensopada.

A pele dele era lisa sob seu toque - embora ela não pudesse nem se lembrar de quando ela agarrou seus ombros largos.

Finalmente, ele fez um som, sua voz parecia seda ricocheteando ao longo de sua carne. "Você pertence a alguém?"

Ele introduziu suas palavras - um sussurro roubado.

Pertencer a alguém  ~? Sua pergunta sacudiu seu cérebro, e apesar do calor acumulando em seu estômago, ela encontrou sua voz. "E-eu mesma."~

Teria um efeito poderoso sem o tremor em sua voz. O fato de ela ter conseguido expressar uma resposta verbal já representava uma vitória.

Ele riu - um som sombrio, rico, que enviou um estrondo vibrante por seu corpo. Isso por si só foi o suficiente para provocar um aperto em seu núcleo.

Sempre havia uma pressão;  encontre uma matilha~, siga um alfa  ~.

Ela nunca tomou esse caminho - não depois do que aconteceu com ela. Ela criou sua própria matilha com duas amigas. Haviam lobos solitários, rebeldes, mas não havia um alfa para cuidar deles. Eles cuidam de si próprios. Era melhor assim.

Ninguém para te machucar, ninguém para enlouquecer.

Isso a deixou com algumas surpresas. Como essa. Ela não queria um alfa; ela certamente não queria foder um.

Eles pegavam o que queriam e não se importavam com os danos que deixavam para trás.

Eles eram monstros gananciosos. Não era o que ela queria.

No entanto, apesar de sua resolução, suas unhas cravaram na pele dele, suas coxas se apertando, implorando por algum alívio.

"Vou interpretar isso como um não."

"E-eu tenho que ir."

Gaze  ~. Essa era sua tarefa.~

Agora que ela conseguiu voltar a raciocinar, ela percebeu que na comoção ela as havia perdido. Elas definitivamente não estavam na sala.

Vamos, Olivia. Pense~. Controle-se. É apenas um alfa. Você sabe melhor. ~

Ele não pareceu se importar com sua hesitação enquanto seu polegar roçava seu lábio inferior, arrastando-o para baixo. "Vá então," ele desafiou.

Excelente. Isso era exatamente o que ela faria.

Exceto que seu corpo não cooperou.

Suas pernas não se moveram.

Ela não quebrou o intenso contato visual que estava acontecendo.

Olivia era uma estátua.

"Não pareça tão ansiosa para partir," ele brincou, seu hálito quente fazendo cócegas em sua bochecha.

Deixe-o  ~.~

Ela consegue ouvir. A pequena voz dentro dela, aquela que ela tantas vezes ignorou. Era o lobo dentro dela, aquele que ela fingiu não estar lá por muitos anos. Aquele que a empurrava para seguir um caminho que não era dela.

Ela era humana acima de tudo.

Olivia não se importava que a lua afetasse seu corpo, que os instintos animais a conduzissem. Ela passou dezesseis anos como humana. Ela não podia jogar isso fora.

Olivia tinha sido uma loba por apenas seis anos - não se comparava. Não. Ela não iria fazer isso hoje - seja lá o que fosse. Ela não conhecia este homem. Ela não sabia quem ele era, seu nome - ele era um estranho.

"Eu vou te beijar."

Não era uma pergunta - era uma ordem.

Talvez um aviso?

Ela não se moveu, ela não conseguia. A voz dele era autoritária, suas palavras ecoando por ela como se fossem lei. Era este o controle inquebrável do alfa?

Aquele sobre o qual ela tinha ouvido falar tanto? Ele não era seu alfa. Ela não tinha se comprometido com ele; ela não tinha jurado obedecer e proteger. Ela nem sabia seu maldito nome.

Ele vai fazer você se sentir melhor  ~. Não, ele não vai. Ela estava bem.~

Ela mesma poderia cuidar do desejo crescente. Não importava que a mão dele apertando seu quadril fosse o suficiente para ela querer gemer. Não importava. De verdade.

Ele cumpriu bem a sua palavra.

Seus lábios se chocaram contra os dela, sua boca se derreteu contra a dela. Os dedos dele cravaram em sua pele enquanto a outra mão se arrastava para baixo ao longo de sua coluna até encontrar seu traseiro.

Dedos fortes o apertaram, fazendo-a suspirar.

Agora que sua boca se abriu, ele aproveitou ao máximo e invadiu-a com sua língua, brincando com a dela.

Ela tinha deixado os instintos vencerem algumas vezes, mas ela nunca se sentiu assim.

Parecia que haviam fogos de artifício explodindo em seu peito, cada um de seus toques deixando-a mais molhada do que as ministrações anteriores. A ideia de ter cada vez mais não era o suficiente para mantê-la sã.

A parte dela que ela manteve trancada todo esse tempo estava lutando para se libertar. Esse pedaço dela daria ao alfa uma performance melhor do que Olivia jamais faria.

Ela gritava em sua cabeça, dizendo a ela que ele poderia fazer tudo ir embora; o vazio, a necessidade - o desejo que ela nem sabia que existia.  Não  ~.~

Ele saiu de sua boca, deixando seus lábios machucados e inchados no momento em que ele se afastou.

Havia algo magnético em seus olhos, algo que a mantinha olhando, mesmo quando ela não queria fazer isso.

"Você deveria estar aqui quando você cheira assim," ele disse, pressionando sua testa na dela.

Seus olhos a hipnotizaram, e as palavras que ele falou demoraram um pouco para serem registradas. "Ninguém te ensinou isso?"

Ela sabia que os machos podiam cheirar uma fêmea no cio.

Ela entendeu que seu sangue ômega a tornava uma presa maior e um alvo mais interessante.

Olivia ouvia histórias, diferentes tipos de histórias, sobre como as matilhas tratavam ômegas e, para ser honesta, ela nunca quis ser o brinquedo, a máquina de bebês ou a boa menina obediente de alguém.

Não importava o que ele achava; Olivia não estava interessada. Ela não queria seu estilo de vida; ela não queria o que ele era e não queria ser sua pequena distração.

Mas se ela sabia de tudo isso, por que ela não estava se movendo?

"Não." Ela o ouviu quando ele cheirou seu pescoço, sentindo seu cheiro. "Sem alfa, hein?"

"C-como é?"

Ele ergueu a mão e agarrou o queixo dela entre os dedos. Ele inclinou a cabeça dela para trás, forçando-a a olhar para ele de baixo.

"Você não cheira como se tivesse um alfa. Estou errado?"

"Eu disse a você, eu pertenço a mim mesma."

Ele riu novamente. "Quanta ousadia para uma garota que ainda não se moveu."

Ele liberou seu aperto em seu quadril. Sua mão avançou para cima até segurar um de seus seios. "Talvez você queira saber."

Ela prendeu a respiração, seu peito desabando. "Saber o quê?"

Seus lábios pairaram sobre os dela, mal os tocando.

Seu corpo se moveu para frente, pressionando contra o dela e permitindo que ela sentisse toda a força de seus próprios impulsos. "Qual é a sensação de quando um alfa se afunda em você."

Com suas palavras, ela mordeu o lábio inferior, os dentes rompendo a membrana débil.

O gosto de sangue encheu sua boca, mas ela o ignorou, a promessa dele ecoando em sua mente. Quando seu polegar cintilou sobre seu mamilo coberto, ela soube que suas palavras não estavam cheias de promessas falsas; ela podia sentir em seu âmago que era verdade.

Se ela deixasse, se ela baixasse a guarda por um segundo, ele a possuiria. Ela estaria nua naquele chão, suas roupas descartadas, e ele estaria dentro dela antes que ela pudesse piscar.  E então ela se sentiria melhor  ~.~

Ela não sentiria que estava morrendo, ela não sentiria como se parte dela estivesse faltando.

Era para ser assim?

"Eu nunca transei com uma ômega antes."

Seu coração parou.

"Dizem que os alfas perdem o controle quando uma ômega está no cio."

Eles perdem?

"Tudo o que eles conseguem pensar é no sabor daquele pequeno néctar doce."

Seus olhos estavam semicerrados como se ele estivesse bêbado, mas ela sabia muito bem que ele não estava.

Ela saboreou sua boca o suficiente para saber que não havia nenhum traço de álcool nele.

Ela meio que desejou estar bêbada agora. Então talvez ela pudesse lidar com isso. Sua parte humana queria partir. A parte lobo queria ser fudida.

Seu próprio coração constantemente a rasgava ao meio.

"Você vai me deixar provar você?"

Não  ~. Mas a palavra errada saiu. "Sim." Suas bochechas ficaram vermelhas, o calor se espalhando por seu rosto.~

Antes que ela pudesse voltar atrás na palavra, ele gargalhou.

"Tão fácil."

Dedos engancharam no cós da sua calça e ela sentiu o ar frio envolver seu traseiro.

Ela se sentiu leve como uma pena quando ele a ergueu do chão, envolvendo suas pernas ao redor dele.

Seu membro rígido pressionou em seu núcleo úmido e dolorido, forçando-a a estremecer. Ela podia inclinar seus quadris, esfregar nele.

Se ela se soltasse, se ela perdesse o controle, não doeria mais. Ele iria satisfazer seu desejo. Isso faria com que não doesse tanto.

Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e ela não sabia dizer se era resultado de sua frustração ou de lutar contra isso. Não importa.

A língua quente dele tocou seu rosto, lambendo a lágrima.

Ela arqueou as costas, apoiando-se nele.

Ele espalmou seu seio através do tecido; seus mamilos endureceram. Ele poderia destruí-la.

Será que  ela  ~queria isso, ou seria ~ o lobo ~ ?~

O som de metal agarrado quando seus dedos se atrapalharam com a fivela do cinto a trouxe de volta.

Sua distração momentânea permitiu que ela caísse de volta no chão, e ela sabia que os segundos estavam passando.

Seu peito nu estava bem em seu rosto, fazendo-a notar seu ferimento pela primeira vez.

Ele tinha uma ferida profunda sob as costelas. O sangue havia secado. Pontos talvez. Por que ela estava pensando sobre isso agora?

"Você quer?" ele ofereceu enquanto seus dedos largavam o cinto.

Não, ela não queria fazer nada disso.

Ela estava no nível certo.  Não. Não. Saia da minha cabeça  ~. Ela queria gritar consigo mesma, mas não conseguia.~

Pela primeira vez, ele não a estava tocando. Finalmente, a névoa em sua mente estava clara o suficiente para ela pensar.

Ainda assim, ela ficou lá, esperando que ele se movesse, esperando ele a foder loucamente.

Uma foda que deixasse sua voz rouca. Uma foda que fizesse suas pernas ficarem bambas. Esses pensamentos não estavam me ajudando.

Esses pensamentos não a ajudavam a lutar contra esse ardor. Porque ela não era um maldito animal e com certeza não era o brinquedo de ninguém.

Corra.

Isso era a única coisa em que ela conseguia pensar agora que a névoa em sua mente havia desaparecido momentaneamente.

Ela usou toda a força que lhe restava para colocar as mãos nos peitorais suados e brilhantes dele e o empurrou.

Ele tombou ligeiramente, mas foi o suficiente para criar um espaço maior entre seus corpos.

Ela se curvou, com a cabeça girando, alcançou as calças amontoadas e as vestiu com a maior elegância que pôde.

O próximo passo foi envolver seus dedos trêmulos ao redor da maçaneta de metal.

Olivia não olhou para ele; ela não respirou. Não até que ela estivesse do outro lado da porta.

Seu cheiro era forte; ele estava contra a porta. Mas ele não estava saindo.

Um tremor sacudiu seu estômago enquanto uma sensação de formigamento percorreu sua espinha. Ela já tinha sentido o ardor antes - mas não foi assim. Ela tentou relaxar os ombros, endireitando-se, mas não conseguiu desdobrar o corpo.

Cada batida de seu coração ecoava em sua cabeça, e seus sentidos estavam em alerta máximo. Ela cobriu a metade inferior de seu rosto com a mão, as lágrimas ardendo em seus olhos, suas próprias emoções a oprimindo.

Havia uma mão em seu ombro, desta vez um toque muito mais delicado, mas seu corpo reagiu violentamente apesar de tudo. Ela saltou de medo.

Ela voltou ao mundo que a rodeava, observando o rabo de cavalo loiro balançando a cada inclinação da cabeça de sua amiga.

"Liv, você está bem?"

Ela pigarreou. "Sim, erm - eu estou bem."

Sem o aperto em sua barriga ou as pernas bambas. Sem seu cérebro inteiro parecendo fora de sintonia, seu corpo  odiando-a por fugir.

Seu coração estava doendo, seu peito retumbante, e havia uma tristeza alojada bem no fundo dela, tentando sair a qualquer custo.

Não  ~.~

Sem sentimentos. Sem emoções. Sem desejo.

Ela precisava respirar fundo e tudo estaria acabado.

Olivia estava bem  ~.~

O suor ainda escorria pela nuca, fazendo com que a gola da camisa se agarrasse à pele.

Ela olhou para sua colega, que tinha uma carranca no rosto, uma sobrancelha arqueada. Katie percebeu? Provavelmente. Ela se importou? Não.

Ela estava muito perdida. Sua mente permaneceu presa naquela sala com o alfa.

Volte. Volte.

Mas ela não prestaria atenção à voz gritando com ela.

Ela alisou o cabelo molhado, espalmando-o com a mão trêmula.

"Eu volto já."

No fundo, ela ouviu Katie fazer mais perguntas, mas ela empurrou sua voz para o fundo de sua mente. Ela acelerou o ritmo e, quando chegou ao final do corredor, já estava correndo.

Seu sangue estava bombeando; seu coração infligia dor a cada batida extenuante que dava.

Havia o fantasma das mãos dele sobre ela, a memória de sua boca em sua pele e o desejo deixado para trás em seu núcleo.

Ela nunca tinha perdido o controle assim.  Nunca  ~.~

O que diabos aconteceu?

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